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Central de Transplantes registra doação de órgãos de paraibano de 4 anos e gesto transforma vida de dois adolescentes

publicado: 30/11/2022 15h40, última modificação: 30/11/2022 15h40
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A doação de órgãos de um menino de 4 anos vai ajudar a transformar a vida de dois adolescentes, em Pernambuco e em São Paulo. A criança estava internada no Hospital de Trauma de João Pessoa desde o último sábado (26), depois de ser socorrido pelo Samu vítima de um afogamento. Internado na UTI, ele teve a morte encefálica confirmada na noite de segunda-feira (28), quando a família aceitou realizar a doação dos órgãos.

“A doação se dá através da autorização familiar, no momento em que a equipe que assiste o paciente informa aos familiares que esse paciente fechou o protocolo de morte encefálica. Nesse momento a entrevista é realizada e a família decide se vai autorizar a doação ou não,” explica a chefe do Núcleo de Ações Estratégicas da Central de Transplantes, Rafaela Dias.

Foram doados os dois rins. Sem pacientes compatíveis na Paraíba, os órgãos foram lançados no ranking disponibilizado pela Central Nacional de Transplantes, que possui uma lista única de pessoas aguardando um órgão. Assim, recebeu o órgão direito um adolescente paulista de 13 anos, e o órgão esquerdo foi para uma pernambucana de 16 anos.

O procedimento para retirada dos rins teve início por volta da meia-noite desta quarta-feira (30) e terminou às 2h40. Ao final da cirurgia, os órgãos foram encaminhados para os estados dos receptores.

Em 2022, a Central de Transplantes da Paraíba já registrou a realização de 30 doações efetivas de órgãos, e 273 transplantes foram contabilizados até o momento, sendo 228 de córneas, dois de coração, 23 de rim, 17 de fígado e três de medula.

Como se tornar doador - O passo principal para se tornar um doador é conversar com a família e expressar o desejo. Não é necessário documentar o desejo por escrito, porém, para que ocorra a doação, os familiares precisam autorizar o ato por escrito após a morte.

A doação de órgãos é um ato pelo qual se manifesta a vontade de que, a partir do momento da constatação da morte encefálica, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas.