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Cendac promove seminários e reforça estratégias de combate à violência contra a mulher e o racismo
Discutir as interfaces de gênero e as estratégias de combate ao racismo e à violência contra as mulheres. Esses foram os objetivos do Seminário Diversidade em Pauta, realizado pelo Centro de Apoio à Criança e ao Adolescente (Cendac), nessa quarta-feira (12), em João Pessoa.
O evento foi direcionado aos gestores, representantes de movimentos sociais, lideranças comunitárias, servidores estaduais e toda equipe do Cendac.
“O trabalho do Cendac é com a capacitação profissional de pessoas vulnerabilizadas socialmente, e que sempre trazem para nossa equipe situações de violência, discriminação, preconceito. Infelizmente, assistimos quase diariamente, essas situações nas localidades onde realizamos nossos cursos e oficinas e consideramos importante promover capacitação sobre esses temas e pensar estratégias de combate ao racismo, à violência de gênero, a LGBTfobia em nosso estado, informando também sobre os serviços que o Governo oferece nessas áreas”, frisou a presidente do Cendac, Valquíria Alencar.
Para debater os temas, foram convidadas as professoras Ivonildes Fonseca, vice-reitora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Adelaide Alves, do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Valquíria Alencar, presidente do Cendac e uma das fundadoras do Centro da Mulher 8 de Março. A mediação ficou com a professora Fátima Carneiro.
“A mulher tem a marca histórica da opressão, mas também da resistência. Conseguimos alguns avanços importantes na luta contra à violência, mas ainda há muito por fazer. As relações de poder são estruturais e culturais no Brasil e isso reflete na desigualdade entre homens e mulheres, e precisamos estar juntas e fortalecer os mecanismos que temos, como a Lei Maria da Penha, e pensar estrategicamente no combate a misoginia, que tem sido estimulada, o que gera a violência e o preconceito contra a mulher”, afirmou Adelaide Alves.
Para a professora Ivonildes Fonseca, o racismo no Brasil foi socialmente construído, e por isso, podemos e devemos desconstruí-lo, o que não significa uma tarefa fácil. “Existem diversos tipos de racismo no Brasil. Há aquelas pessoas que declaram seu preconceito abertamente, outras que está implícito, mas todos são prejudiciais para o povo negro e indígena. O Brasil avançou nas leis de combate ao racismo, mas tivemos alguns retrocessos nos últimos anos e agora temos muito o que refazer. Acredito muito na educação e na UEPB estamos com alguns projetos, tanto no combate à violência contra as mulheres, quanto no combate ao racismo e a LGBTfobia, com o estabelecimento de cotas para pessoas trans”, informou a vice-reitora da UEPB.
Além do Seminário Diversidade em Pauta, o Cendac também realizou nessa quarta e dará seguimento, nesta quinta-feira (13), ao Seminário Capacitação e Sensibilização para uma Ação Pedagógica Exitosa, direcionado aos profissionais do Centro. O objetivo é avaliar, capacitar e planejar as ações da instituição para os próximos seis meses, oferecendo serviços qualificados para o público que procura o Cendac.