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Caso raro de encefalite autoimune é tratado no Hospital Metropolitano
Referência em neurologia em todo o Estado da Paraíba, o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente à rede estadual de saúde e gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), superou mais um desafio ao conseguir oferecer um tratamento adequado para uma paciente, após difícil diagnóstico de um caso raro de encefalite autoimune, uma doença do sistema nervoso central que pode se apresentar de várias maneiras.
De acordo com a neurologista clínica Luíza Villarim, a paciente Rosilene de Souza, de 18 anos, da cidade de Parari, no Cariri paraibano, foi diagnosticada com uma encefalite autoimune anti-NMDA, uma condição neurológica rara, mas grave, caracterizada pela inflamação do cérebro causada por anticorpos contra o receptor NMDA, que é essencial para a transmissão dos sinais entre as células nervosas. A doença afeta principalmente mulheres jovens e pode ser desencadeada por infecções, mas muitas vezes sua causa exata é desconhecida. No início da doença, pode ter sintomas agudo ou subagudo, como alteração comportamental, podendo ter um rebaixamento de consciência, alterações psiquiátricas, crises convulsivas, alentecimento (lentidão), alteração da força, sensibilidade, bem como outros sintomas mais inespecíficos.
Rosilene relatou que seus primeiros sintomas foram apenas desmaios inesperados quando ia à escola. Ela diz que ia ao posto de saúde, não detectavam nada e voltava para casa. Até que depois de algum tempo, a sua mãe pediu para a médica solicitar uma ressonância magnética para investigar melhor o motivo desses desmaios repentinos, foi quando após o resultado do exame, Rosilene foi encaminhada para atendimento no Metropolitano.
A paciente contou que seus sintomas foram ficando cada vez mais graves até conseguir chegar no diagnóstico e iniciar o tratamento adequado. “Só tenho que agradecer, primeiramente a Deus, e a toda equipe do Metropolitano que me salvou, porque se não fosse por eles, eu não estaria hoje aqui. Cheguei a ficar sem conseguir beber água e comer sozinha, fiquei sem andar e após o tratamento já consigo beber água e comer sozinha e em breve vou conseguir voltar a andar também”, agradeceu.
Segundo a médica, o diagnóstico é feito por meio de um painel para encefalite autoimune e o tratamento para os pacientes na fase adulta é com uma medicação injetável de imunoglobulina. “Alguns pacientes podem vir a se beneficiar de outros medicamentos, como os imunossupressores, mas o tratamento rápido é essencial para a melhora do quadro, pois quanto antes a gente identifica e começa a tratar, fica também mais fácil a recuperação. De uma forma geral, a recuperação é mais lenta, leva alguns meses para o paciente voltar ao seu estado basal”, completou.
A especialista ressaltou também que para se chegar ao diagnóstico foi necessário um rastreio geral e que “é muito difícil a gente conseguir fazer o diagnóstico certo. E apesar de toda a dificuldade do caso, tem sido uma experiência muito boa ter conseguido fechar esse diagnóstico e poder acolher e acalentar as angústias do nosso paciente, conseguindo ter uma melhor perspectiva do tratamento adequado”. Ela disse ainda que a partir do caso da jovem Rosilene, outros dois pacientes também puderam ser diagnosticados e estão recebendo o tratamento adequado.
O líder de medicina do Hospital Metropolitano, Vernior Júnior, enfatizou a importância de um diagnóstico precoce e do tratamento multidisciplinar em instituições de referência como o Hospital Metropolitano. “O sucesso no tratamento é um reflexo da qualidade dos serviços oferecidos pela unidade de saúde e da expertise de toda equipe médica, que atuou de forma coordenada para salvar a vida do paciente. O Hospital Metropolitano continua sendo uma referência no tratamento de doenças complexas, provando que a inovação no cuidado médico é um fator crucial para a recuperação de pacientes com condições graves e raras”, pontuou Vernior.