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Campanha alerta sobre trabalho infantil no Bloco Muriçoquinhas do Miramar

publicado: 26/02/2019 10h24, última modificação: 26/02/2019 17h17
26_02_19 Ação da SEDH na Muriçoquinha foto Alberto Machado (6).JPG

- Foto: Alberto Machado

A história pode ser diferente: Trabalho infantil não é a opção. Esse foi o tema divulgado na tarde da segunda-feira (25), durante o desfile do bloco das Muriçoquinhas do Miramar com a participação do serviço estadual de denúncia, Disque 123. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH), levou às ruas a sexta edição do projeto, que teve o papel de promover o esclarecimento e realizar uma ação de mobilização e sensibilização, alertando a população sobre violência sexual contra crianças e adolescentes, bem como a questão do trabalho infantil.

Um estande foi montado na Avenida Epitácio Pessoa, onde uma equipe técnica da SEDH distribuiu materiais informativos sobre o Disque 123, uma atividade importante que proporciona a socialização do serviço de denúncias para a sociedade. O projeto recebe informações de qualquer tipo de violação de direitos, onde as denúncias podem ser realizadas de forma anônima e serão monitoradas. A Paraíba é o primeiro Estado a ter seu próprio disque denúncia, implantado em fevereiro de 2014.

A iniciativa surgiu a partir da constatação de que no período das festas carnavalescas há um aumento no número de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes, considerada uma das piores formas de trabalho infantil. O momento foi de muita alegria e as Crianças puderam usufruir não só da festa carnavalesca, bem como, pinturas no rosto, pipoca, algodão doce, pirulitos e balões. Aproximadamente um público de 4 mil crianças e seus respectivos pais visitaram o estande.

A representante da Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça da Paraíba, Silvia Tavares, considerou o evento de extrema importância porque a cada ano aumenta violação de direitos contra a criança e o adolescente. “Quando a gente se mobiliza e sensibiliza a população nós podemos fazer a diferença sim”, avalia.

“Qualquer serviço público e social que se propõe a proteger a criança dos riscos da violência é importantíssimo. A criança é o futuro do nosso país, e os adultos que estão sobre a responsabilidade delas precisam ter conhecimento de como e a quem recorrer”. Ressaltou a foliã Fabíola Braz, mãe de dois filhos.

A secretária de Estado do Desenvolvimento Humano, Gilvaneide Nunes, participou do bloco e enfatizou que a ação da SEDH é uma articulação conjunta que envolve todas as gerências que trabalham de maneira direta ou indireta com a temática da violação de direitos humanos. “O carnaval é um momento oportuno para divulgarmos esse projeto, mostrarmos à população o objetivo e a relevância dele, é dizer que a Paraíba está atenta e que saiu na frente criando um disque denúncia próprio, é sensibilizar a sociedade que precisamos enfrentar a violência o ano inteiro, ligando para o Disque 123”, observou.