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Boletim Epidemiológico apresenta redução nos casos de Sífilis Congênita em 2024 na Paraíba

publicado: 18/03/2024 16h00, última modificação: 18/03/2024 16h00

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta segunda-feira (18), o Boletim Epidemiológico da Sífilis na Paraíba. O documento apresenta a distribuição de casos de sífilis congênita registrados nas regiões de saúde, além dos fluxos e recomendações quanto à prevenção da doença, sendo observada uma redução da sífilis congênita.

A primeira região de saúde concentra 76,6% dos casos registrados no Estado até o mês de fevereiro de 2024. O município de João Pessoa apresenta o maior percentual de casos, sendo nove, o que representa 42,9% dos registros. Além da capital paraibana, o boletim ainda mostra a cidade de Bayeux com três casos, compreendendo 14,3%, e Alhandra, com dois casos, o que corresponde a 9,5%.

De acordo com a chefe do Núcleo de IST/AIDS da SES, Joanna Ramalho, a Sífilis Congênita é transmitida de mãe para filho durante o período gestacional. Ela alerta para os cuidados preventivos que podem ser feitos para evitar a infecção. “Estamos intensificando estratégias para que não ocorra a transmissão da gestante para o bebê. Dessa forma, estamos aprimorando o diagnóstico, que precisa ser feito já no início da gestação e ofertando o tratamento com a medicação, que é a penicilina. É importante que a gestante e o parceiro recebam esse remédio para evitar que a criança nasça com sífilis congênita e desenvolva problemas de saúde graves, como disfunções oftalmológicas, audiológicas, neurológicas, problemas nos ossos, dentre outros”, explicou.

Na Paraíba, boas práticas durante o pré-natal, como oferta de teste rápido ainda na primeira consulta e tratamento oportuno nas unidades de saúde, estão reduzindo o cenário epidemiológico da doença.

A Sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, crônica, passível de cura e exclusiva do ser humano. Não tratada evolui para estágios de gravidade, podendo acometer diversos órgãos e sistema do corpo humano. Na gestação, a sífilis pode apresentar consequências severas, como abortamento, prematuridade, natimortalidade, manifestações congênitas precoces ou tardias e/ ou morte do recém-nascido.

O boletim epidemiológico traz ainda recomendações aos municípios com relação ao fortalecimento de ações de testagem e do pré-natal para detecção precoce. O documento está disponível no link: https://paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/arquivos-1/vigilancia-em-saude/boletim-02-siflis-sespb-3.pdf