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Agricultores conhecem vantagens do Biodigestor em comunidade rural

publicado: 05/03/2018 00h00, última modificação: 06/06/2019 16h08
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A utilização do Biodigestor tem proporcionado melhoria da qualidade de vida de famílias no Cariri paraibano, como é o caso do agricultor José Mário da Silva, do Assentamento Novo Campo, na divisa dos municípios de Riacho de Santo Antônio e Barra de São Miguel. Com múltiplo uso, a experiência dele serve de modelo para outras comunidades.

Na semana passada, um grupo de 35 agricultores de Santa Cecília, Barra de São Miguel e Riacho de Santo Antônio, participaram da demonstração do uso do Biodigestor.

Durante a visita, o agricultor José Mário fez demonstração sobre o funcionamento do Biodigestor, falou sobre a sua construção, detalhou planilha de custos e os benefícios do equipamento que serve para produzir gás através da ação de bactérias anaeróbicas, atuando na decomposição de fezes de animais. Esse gás tem diversas finalidades, sendo uma delas o uso como gás de cozinha.

Segundo explicação do extensionista Ailton Francisco dos Santos, o biodigestor instalado armazena uma quantidade de gás equivalente a quatro botijões de gás de treze quilos, o biodigestor custou R$ 2.300,00 e depois da construção, no caso deste agricultor, houve uma redução de 1,5 botijão por mês, a preços atuais, proporcionou uma economia de R$ 105,00 mensais. Nas suas contas, em 23 meses o biodigestor “se paga com a economia”. É um equipamento permanente, que com manutenção correta vários anos.

O engenheiro Agrônomo Ailton Santos, extensionista com atuação nos escritórios da Emater em Santa Cecília e Barra de São Miguel, comentou sobre a importância do biodigestor, destacando que, além da economia, o agricultor não precisará comprar botijões de gás. Outro destaque é a contribuição na preservação do meio ambiente, evitando a retirada de lenha da Caatinga para cozinhar, melhora a limpeza de currais e apriscos.

“Diariamente, o agricultor irá retirar as fezes dos animais para abastecer o biodigestor, contribui para evitar doenças respiratórias, especialmente em idosos e crianças, pois elimina a fumaça dos fogões de lenha, e o subproduto do biodigestor é o biofertilizante, excelente adubo que pode ser usado na adubação foliar de praticamente em todas as culturas comerciais. No biodigestor não se perde nada, é um equipamento que deveria estar presente nos lares de todos os agricultores que desenvolvem a atividade pecuária”, comentou Ailton Santos.

A visita ainda teve a demonstração do banco de proteínas, cultivo consorciado de moringa e gliricídia. Essas plantas são usadas para fazer ensilagem, sendo fornecida aos animais durante a escassez de alimentos. O agricultor ainda mostrou a criação de aves caipira, explicando todo o manejo e a fabricação de ração. Os visitantes também conheceram o plantio de hortaliças.

Com uma atividade diversificada, além do banco de proteínas, José Mário cultiva milho, feijão, palma forrageira resistente a cochonilha do carmim, melancia e sorgo. Também cria caprinos, ovinos e bovinos.

O prefeito de Barra de São Miguel, João Batista, ficou entusiasmado com o processo de funcionamento do biodigestor que se constitui em uma maneira de melhorar a qualidade de vida no campo.

O evento foi encerrado pelo coordenador regional da Emater em Campina Grande, Sales Júnior, quando enalteceu a realização do intercâmbio para os agricultores e técnicos. A proposta é que mais agricultores também construam biodigestores em suas propriedades.