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Agevisa ressalta perigos da desidratação e recomenda maior ingestão de líquidos

publicado: 17/01/2018 23h00, última modificação: 30/05/2019 11h52

A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) aproveitou a edição desta quinta-feira (18) do Momento Agevisa para chamar a atenção dos paraibanos para os perigos da desidratação e para recomendar uma maior ingestão de líquidos e também a adoção de outros cuidados especiais, como evitar a exposição excessiva ao sol e aumentar os cuidados com a procedência, a qualidade, a manipulação, o acondicionamento e a conservação dos alimentos, especialmente nos dias quentes do verão. O Momento Agevisa é um informativo que vai ao ar dentro da programação do Jornal Estadual da Rádio Tabajara – AM-1110 e FM-105.5.

Conforme observou a diretora-geral da Agevisa/PB, Maria Eunice Kehrle dos Guimarães, “a desidratação é prejudicial a todas as pessoas de todas as idades, e em qualquer época do ano; mas a sua incidência é naturalmente aumentada nos meses mais quentes, quando a perda tende a ser maior que a ingestão de líquidos, fato que provoca sérios danos à saúde, como diarreias (que podem ser leves ou agudas e que ajudam a agravar o quadro de desidratação), e problemas renais, circulatórios e também respiratórios”.

A desidratação, segundo a gerente-técnica de Inspeção e Controle de Alimentos, Água para o Consumo Humano e Toxicologia da Agevisa/PB, engenheira de Alimentos Tatiane Lucena Galvão, pode ocorrer de forma leve e transitória (que não oferece grandes riscos e pode ser facilmente superada) ou continuada, que pode ser grave, aguda ou crônica. “Seja a desidratação leve ou crônica, o importante é que as pessoas não deem chance para que ela ocorra. Por isso, recomenda-se a ingestão regular e acentuada de água e sucos, e também de alimentos ricos em líquidos, como frutas (melancia, laranja, caju…), sopas, picolés etc.”, observou.

Tatiane Lucena acrescentou que os cuidados devem ser observados por todas as pessoas, mas devem ser especialmente tomados em relação às crianças e às pessoas idosas. Nas crianças, segundo ela, os cuidados adicionais se justificam, dentre outros fatores, pelas seguintes razões: os corpos, em crescimento, apresentam alta uma taxa metabólica (ou capacidade de consumir energia), e isso eleva o consumo de líquidos pelo organismo; os rins não têm a capacidade de reter água na quantidade necessária, como ocorre nos adultos; a maior parte dos tecidos do corpo é composta por água; o sistema imunológico ainda não está totalmente desenvolvido, o que aumenta a probabilidade de doenças causadoras de vômitos e diarreia.

“Além disso, nos primeiros anos de vida as crianças dependem dos pais (ou cuidadores) para se alimentar e tomar líquidos, e isto aumenta a responsabilidade dos adultos em relação a elas”, ressaltou a gerente-técnica de Alimentos da Agevisa/PB.

Nas pessoas idosas, os cuidados especiais são importantes por serem elas mais vulneráveis a doenças e por se desidratarem com mais facilidade, seja pela pouca ingestão de água ou pelo maior consumo de medicamentos, fato que normalmente induz as pessoas a urinarem mais vezes, liberando um volume maior de líquidos. “Normalmente, as pessoas idosas evitam tomar muita água, e isso se deve a diversos fatores, dentre os quais: não sentirem sede na mesma intensidade que as pessoas mais jovens; os rins não funcionarem bem; terem medo de urinar na roupa em razão da dificuldade de controlar a bexiga (incontinência urinária), e evitarem tomar água para não ter que ir ao banheiro com frequência, seja por dificuldade de caminhar ou para não incomodar os familiares”, explicou a engenheira de Alimentos Tatiane Lucena.