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Adolescentes privados de liberdade atuam no 30º Festival de Teatro, Dança e Circo do Estudante, no Lima Penante

publicado: 14/11/2022 13h10, última modificação: 14/11/2022 13h11
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O 30º Festival de Teatro, Dança e Circo do Estudante do Teatro Lima Penante, em João Pessoa, contou este ano com espetáculos encenados por adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no estado. Com a peça teatral ‘Infância Levada’, encenada por meninas da unidade Rita Gadelha e ‘Os Parças’, com internos do CEA/JP, a socioeducação marca presença na cena teatral paraibana.

Para o presidente da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Alice de Almeida (Fundac), Flávio Moreira, são iniciativas igauais a essa que contribuem para a construção de uma vida mais digna para esses adolescentes e jovens.

A diretora da Escola Cidadã Integral Almirante Saldanha, Maria da Paz Alves, enxerga com otimismo essas oportunidades que possibilitam identificar as potencialidades desses estudantes. “Esse protagonismo está incluso na nossa programação, em relação aos resultados que a gente espera do projeto de vida de cada estudante”, comentou.

“Para nós, que trabalhamos com a ressocialização, essa oportunidade pode ser um ponto de partida para quando estiverem no meio aberto”, acredita a diretora. “Talvez essa sementinha que está sendo plantada agora dê frutos no futuro e que a gente reencontre com eles em uma situação muito mais favorável”, completou.

A professora de Artes, Cinthya Nascimento, disse que foi a partir da disciplina de Direitos Humanos, ministrada pelas professoras Caíla Pinangé (Português) e por ela, em interdisciplinaridade com a disciplina de Física (Wellington Daniel), Oficina de Artes (Margareth Rose) e Música (Anderson Domingos e Renan Resende) que apresentaram a peça teatral “Infância Levada” escrita por Cely de Freitas no festival. A peça fala sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e suas aplicações na sociedade e no sistema socioeducativo.

Já Os Parças narra a trajetória de Tom, que em um contexto de vulnerabilidade social e violência urbana, é levado até uma unidade socioeducativa. O espetáculo aborda como a educação pode contribuir para trazer novas perspectivas para os jovens.

Além dos socioeducandos, estiveram envolvidos Fernanda Mara Santos, Debora Nascimento, Bruno Silva, Marcio Laerte, Anderson Domingos, professores da ECIS Almirante Saldanha, agentes socioeducativos, direção das unidades Rita Gadelha e CEA/JP,  Hozana Santos e Luciana Gomes, respectivamente, e servidores da Fundac.