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SERVIDORES DA FUNDAC RETOMAM ATIVIDADES APÓS VENCEREM A COVID-19

publicado: 03/07/2020 16h30, última modificação: 02/02/2021 09h20
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Mais de 80% dos servidores da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida”- Fundac que venceram a covid-19 retomam as atividades nas Unidades Socioeducativas do Estado. A informação da diretoria administrativa da Fundação é baseada nos dados do relatório do eixo Saúde Institucional que, em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado, vem realizando testagens nos servidores suspeitos de contágio do coronavírus.

Segundo Janaína Madruga, coordenadora do eixo Saúde da Fundac, a testagem dos servidores teve início no dia primeiro de junho, na Semiliberdade, uma vez que a Unidade encontra-se sem socioeducandos devido à pandemia, visando diminuir o fluxo de pessoas nas unidades de internação, bem como, ofertar um ambiente acolhedor e organizado, dentro das normas de segurança.

 “Inicialmente foi realizado levantamento de todos os servidores afastados por motivo de saúde considerados casos suspeitos de covid-19 a fim de triar e manter o afastamento dos casos confirmados, bem como promover o retorno dos casos descartados após teste e avaliação clínica. Após percebermos casos confirmados oriundos de Unidades distintas, foi programado testagens em massa de todos os servidores que estão na ativa, bem como de todos os socioeducandos em cumprimento de medida”, explicou Janaína Madruga.

 De acordo com o relatório do eixo Saúde da Fundac, no mês de junho, foram realizados 462 testes em servidos de 06 Unidades Socioeducativas, além da Sede da Fundação. Do total, 402 servidores testaram negativo e 60 testaram positivo. Hoje, um mês após o início da ação, a Fundação conta com cerca de 50 servidores que venceram a covid-19 e retomam as suas atividades. O que corresponde a 80% dos contaminados.

 Para a Dra. Miriela Leon Sierra da Costa, Médica do CSE, no início do contágio, não foi nada fácil. “Não pelos sintomas, mas sim pela perspectiva desconhecida da evolução da doença. Temor pelo futuro, medo da piora... muito envolvimento psicológico; sobretudo para nós da área da saúde, que nos encontramos entre tantas incertezas com relação à covid-19”, salientou.

 No meu caso os sintomas foram leves, não tive dispneia (falar de ar), a febre não foi muito alta e nem persistente, muito mal estar geral, mialgias (dor muscular), e o mais desconfortável foi à perda do paladar e o olfato, que também foram os sintomas que mais duraram. Como plantonista em PA, sabia que em algum momento iria me contaminar. No mesmo dia que suspeitei que estava contaminada, avisei as respectivas coordenações dos centros onde trabalho, e fiquei afastada durante 20 dias. Só voltei ao trabalho quando tive certeza de cura com IgG reagente, e IgM não reagente, para ter a certeza de não contaminar os outros”, relatou a médica do CSE.

Ivan Medeiros, supervisor do Lar do Garoto, não teve a mesma reação que a médica, no seu caso, os sintomas de covid-19 foram bem evidentes acompanhados de muita dor no corpo e febre alta. “Sofri muito, não foi fácil, mas, graças a Deus, fui vitorioso. Foram dias ruins, mas que pude contar com o apoio dos colegas de trabalho e do presidente da Fundac, Noaldo Meireles, além dos diretores do Lar do Garoto (Luiz e Márcio). O meu maior medo era minha família pegar, mas Jesus os livrou. Hoje estou aqui, grato pela volta ao trabalho”, comentou.

 A experiência de contágio para Ana Claudia Rodrigues de Sousa, técnica em enfermagem no Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE), também não foi boa. “Não é um gripe comum. Fiquei bem debilitada, com muita dor no corpo e no tórax (parte posterior e anterior). Não precisei de internação, mas, em alguns momentos achei que meus sintomas aumentavam. A voltar ao trabalho no início foi tensa, pois não sei onde e nem em que momento fui infectada, visto que, além da Fundac, trabalho em um hospital. Estou muito grata a Deus pela minha vida, diante de tanta dor que o vírus trouxe para a humanidade”, relatou Ana Claudia.

 Já Marcos Bento, diretor da Unidade de Atendimento Socioeducativo Rita Gadelha, ficou ciente do seu contágio dia 03 de junho, durante testagem realizada pela Fundac. Desde a testagem o diretor ficou em isolamento, em sua residência, e durante todo o período de contágio não sentiu nenhum sintoma comum da covid-19.

 “Para mim foi tranquilo. Recebi o apoio necessário da equipe da Fundac, da diretoria técnica, do eixo Saúde e principalmente do presidente, Noaldo Meireles que se mostrou bastante solidário e diariamente procurava informações sobre o meu quadro clínico. Depois que passou o período do isolamento fiz o reteste e para minha alegria, venci o coronavírus. Retomar as atividades laborais foi uma coisa maravilhosa. Agradeço muito a Deus, a Fundac e a Secretaria da Saúde do Estado por oportunizar testagem para servidores e socioeducandos”, disse o diretor da Rita Gadelha.