FUNDAC INICIA PLANO DE RETOMADA DAS ATIVIDADES VOLTADAS À ASSISTÊNCIA RELIGIOSA NAS UNIDADES SOCIOEDUCATIVAS DO ESTADO

A Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac), através do eixo Diversidade Ético-racial, Gênero e Orientação Sexual iniciou um diálogo com as entidades que prestam assistência religiosa nas Unidades Socioeducativas do Estado, para a retomada das atividades dentro das normas de biossegurança. O planejamento teve início na última sexta-feira (07), na sede da Fundac e contou com a participação de cinco seguimentos.

Segundo Rafael Honorato, diretor técnico interino da Fundac, as atividades religiosas seguem a Portaria Normativa N. 036/GP/FUNDAC-PB, de 19 de outubro de 2018 que institui critérios de regulamentação da assistência religiosa em todas as Unidades Socioeducativas da Fundação, só que, nesse contexto de pandemia, alguns procedimentos operacionais precisaram ser ajustados de acordo com as normas sanitárias para evitar o risco da disseminação do coronavírus.

“As atividades desenvolvidas nas Unidades Socioeducativas do Estado estão sendo retomadas de forma gradativa, e a assistência religiosa precisa estar garantida em seus horários e especificidades. Daí a proposta de reunir os representantes das entidades e propor a construção de um procedimento operacional padrão para a assistência religiosa como forma de promover o retorno das atividades de forma segura”, explicou Andreina Giulliany, coordenadora do eixo Diversidade Ético-racial, Gênero e Orientação Sexual da Fundac.

A Fundac vem projetando uma retomada gradual das atividades dentro das Unidades Socioeducativas do Estado, seguindo todos os protocolos da ONS, junto as medidas sanitárias adotadas pelo Estado, devido ao atual contexto de pandemia que estamos vivenciando. “Prezando e pensando nesse modelo de retomada, nos reunimos com os representantes das entidades para que eles repensem um protocolo de retomada as visitas aos socioeducandos da Fundac para as devidas assistências religiosas”, acrescentou Andreina.

Nesse primeiro momento o Eixo contou com a presença de cinco entidades religiosas que já prestavam essa assistência religiosa junto aos socioeducandos do Estado, entre elas: Igreja Metodista, Igreja Cidade Viva, Universal, Igreja Batista, e a Pastoral do Menor No entanto, mais uma entidade confirmou o interesse em realizar atividades dentro das Unidades Socioeducativas, o Ministério Farol Luz para o Mundo.

Rafael Honorato acredita que o conjunto da obra como o todo tem possibilitado resgatar esses adolescentes e jovens de um processo que vem desde a infância, jogando-os dentro de um contexto de marginalização social. “Nesse caso, o que nos cabe é somar forças para contribuir com o processo de ressocialização da Fundac. Não tem um mais importante ou menos importante”, observou.

De acordo com a coordenadora do Eixo, foi um momento importante onde várias entidades de denominações e credos distintos puderam interagir e pautar questões de interesse comum. “Durante a reunião foram ofertadas ainda, oportunidades que a gente pensa e acredita dentro da socioeducação e do que prevê os direitos humanos’, lembrou.

Andreina aproveitou ainda a oportunidade para enfatizar o interesse da atual gestora da Fundac, Waleska Ramalho, na retomada da assistência religiosa, por acreditar na importância desse trabalho como instrumento ressocializador de adolescentes e jovens em cumprimento de medida judicial.

O principal objetivo do Eixo coordenado por Andreina Giulliany, é garantir os direitos de todos os socioeducandos do Estado no aspecto ético-racial, religiosidade (seja ela qual for), orientação sexual e identidade de gênero. “O Eixo vem para garantir que durante o tempo em que o adolescente ou jovem, estiver sob a tutela do Estado, através da Fundac, esses direitos sejam garantidos de forma completa e que, em nenhum momento, eles sofram violência por sua orientação sexual, cor, raça, credo ou qualquer outra questão social”, pontuou.