Plano de Contingência leva Paraíba ao segundo menor índice de casos de Covid no sistema prisional do Nordeste

No Nordeste, a Paraíba é o segundo estado com menor número de casos de Covid-19 no sistema prisional. É o que aponta monitoramento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado nessa quarta-feira (24). Os registros mostram apenas dois óbitos e 316 casos por Covid-19 confirmados entre pessoas presas. Já os casos dos servidores que contraíram Coronavírus são 194, com três mortes.

O secretário da Administração Penitenciária - Seap, Sérgio Fonseca, avalia que “Esta segunda colocação da Paraíba dentre os nove estados da região é resultado do Plano de Contingência que a Secretaria elaborou e implantou ainda no mês de março de 2020, no início da pandemia que seguiu uma determinação do governo do Estado. O Plano previu e implantou diversas medidas eficazes, colocou os apenados da Penitenciária Agrícola do Sistema Prisional (Complexo Agroindustrial de Mangabeira) para produzirem produtos saneantes e fabricação de 200 mil máscaras pelas ressocializandas da Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, além das penitenciárias femininas de Campina Grande, Patos e Cajazeiras”.

De muita eficácia foi também a suspensão de visitas sociais aos apenados, além das visitas íntimas; a utilização da carceragem da Central de Polícia da Capital para quarentena de presos temporários, campanha de doação de plasma convalescente por policiais penais recuperados da Covid-19.

            Foram feitas diversas reuniões, atreladas às orientações científicas e implantadas as ações que se mostrarem eficazes e nos levarem a esse resultado altamente satisfatório ora divulgado.

            Das ações para conter o avanço do vírus constam ainda a desinfecção de viaturas, de celas e demais ambientes coletivos, uso de álcool 70 e álcool em gel nas unidades prisionais, reforço na alimentação dos presos com balanceamento nutricional, implantação de visitas virtuais através de videochamadas, proposta ao Tribunal de Justiça para realização de videoconferências nas unidades prisionais para evitar o traslado de apenados, fabricação própria de desinfetantes e água sanitária, realocar servidores com mais de 60 anos, aquisição de equipamentos de proteção individual, distribuição de kits de higiene com a Igreja Universal e outros parceiros, aquisição de termômetros digitais infravermelhos para detectar quadros de febre, além da suspensão do atendimento presencial na sede da Seap.

            “Nossa batalha continua, principalmente agora com a elevação dos casos de contaminações e surgimento de novas variantes do Coronavírus muito mais contagioso. Medidas de relaxamento que vínhamos pensando em implantar terão que ser revistas, pois dentre nossos objetivos um dos principais é a saúde dos apenados e dos policiais penais” frisou o secretário.