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Governo do Estado e parceiros ofertam curso de Confeitaria a reeducandas e reeducandos

publicado: 11/10/2019 18h27, última modificação: 11/10/2019 18h54
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O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Administração Penitenciária (Seap), encerrou nessa quinta (10), o curso de Confeitaria Básica, ofertado às reeducandas do Presídio Feminino Maria Júlia Maranhão e para os reeducandos da Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice, localizados em Mangabeira, João Pessoa.
O curso de Confeitaria Básica que trabalhou com tortas doces e salgadas, pizzas, massa folheada e croissant, teve a carga horária de 160 h, com duração de 40 dias úteis e foi disponibilizado através de uma parceria entre Seap, Tribunal de Justiça, Associação das Esposas dos Magistrados (Aemp), de cunho filantrópico, além do Grupo S, (Senai, Sesi, Senac, entre outros).
Solange França, presidente da Aemp, disse em entrevista que a Associação que ela está à frente, entende que cuidar dos detentos não implica só em responsabilidades com saúde física e psicológica, alimentação, etc., enquanto estão no cárcere; mas sobretudo, na condição deles, pós pena, que investir e procurar capacitá-los com qualificação é fundamental para um recomeço com melhores chances aqui fora, fazendo toda diferença, pois iniciativas assim, além de qualificar, elevam a autoestima e incentivam o indivíduo a buscar ainda mais aperfeiçoamento profissional.
Disse ainda que dentro dessa perspectiva serão oferecidas em breve no Sebrae palestras de coach, levando conhecimento aos reeducandos e reeducandas a entenderem o que é ser empreendedor e assim obterem esclarecimentos suficientes para buscarem um linha de crédito e conquistarem seu próprio negócio.
AZS, aluna do curso de Confeitaria e reeducanda, se emocionou ao falar sobre o curso, afirmando que esta oportunidade trouxe a ela uma nova forma de pensar sua vida fora do cárcere, - "Antes eu pensava em sair apenas, sem acreditar que poderia ser diferente, mas agora eu mudei, posso acreditar em mim finalmente, pois antes eu não sabia nem fazer um bolo, quanto mais um croissant, uma empada, porém agora posso fazer algo de verdade, vou ser a rainha da empada".
Para GFL, que já trabalha na padaria da Penitenciária de Segurança Média Hitler Cantalice, o curso para ele veio somar com os conhecimentos que ele já tem e desempenha na padaria da unidade penal que ele está detido. “Estou investindo em equipamentos lá fora para quando sair, continuar neste segmento de padaria, mas agora com seu próprio negócio”, disse.
Os diretores dos presídios feminino e masculino, Cinthya Almeida e José Arimateia, que foram contemplados com a oferta do curso de Confeitaria Básica para seus reeducandos, agradeceram aos parceiros e ressaltaram o empenho, dedicação e interesse dos alunos durante o curso, frisando ainda que eles não se comportaram como detentos, mas como indivíduos que buscavam com garra melhorar o crescimento individual e profissional, em buscas de uma nova vida com dignidade aqui fora.
No final da cerimônia, houve um momento de confraternização onde todos puderam degustar do sabor dos produtos confeccionados pelos alunos e conferir o alto nível do curso.
A mesa da cerimônia de encerramento foi composta pelo juiz da 1° vara de execuções penais, Dr. Carlos Neves; a juíza auxiliar da 1° vara de execuções penais, Dra. Andrea Arco Verde; presidente da Aemp, Dra. Solange França; Supervisor do Senai, Clécio Veras; gerente do Senai CIT, Gustavo Andrade; Diretor da Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice, José de Arimateia; Diretora da Penitenciária Feminina Maria Júlia Maranhão, Cinthya Almeida e o ministrante do curso de Confeitaria, o professor Alan Queiroz.