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Agosto para a Igualdade Racial discutirá educação antirracista

publicado: 28/07/2021 16h16, última modificação: 28/07/2021 16h16
O Seminário Agosto Para Igualdade Racial, projeto idealizado desde 2012 pelo professor Jair Silva, do Movimento Negro de Campina Grande (MNCG), entra na sua décima edição discutindo o tema “Resistência Afro-Indígena Para Uma Educação Antirracista”, de 9 a 13 de agosto

O Seminário Agosto Para Igualdade Racial, projeto idealizado desde 2012 pelo professor Jair Silva, do Movimento Negro de Campina Grande (MNCG), entra na sua décima edição discutindo o tema “Resistência Afro-Indígena Para Uma Educação Antirracista”, de 9 a 13 de agosto. Inscrições e informações para o evento, acesse aqui.

O evento gratuito conta com o apoio e parceria da Rede de Professores Antirracistas, do governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana e Centro Estadual da Igualdade Racial - João Balula. A transmissão é pelo canal da Rede de Professores Antirracistas no Youtube, com abertura no dia 9 de agosto, às 19h. 

As homenagens, neste ano, são para o ambientalista Ailton Krenak e duas duas grandes referências do feminismo negro que fizeram história na luta contra as desigualdades raciais e de gênero no Brasil  e  exterior: Lélia Gonzalez e Maria Beatriz Nascimento.

Segundo o professor Jair Silva, o objetivo do seminário é ser mais uma ação educativa de valorização da população negra, tendo como foco o combater do genocídio da população negra empobrecida e periférica. É necessário atuar no espaço escolar para desconstruir as desigualdades étnicas entre brancos e negros na busca de uma sociedade justa, democrática e com equidade racial”, afirma o professor.

O MNCG, criado no dia 8 de novembro de 1986, tem entre suas estratégias o combate ao racismo estrutural por meio de palestras em escolas públicas, atos e passeatas denunciando o genocídio da juventude negra e a luta pela efetivação das Leis 10.639/ 03 e 11.645/08, que tornam obrigatório o ensino de história e cultura africana/afro-brasileira e indígena na educação básica. As atividades acontecem em escolas públicas municipais e estaduais das periferias, nas faculdades privadas, universidades públicas e dentro de comunidades quilombolas em vários municípios.

O projeto também é voltado à discussão sobre igualdade de gênero e combate ao sexismo. A secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura, participa desta edição durante debates sobre Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial da Paraíba, que será transmitido pela Câmara Municipal de Campina Grande. “Este um evento importante para Campina Grande e a Paraíba, pois aprofunda a discussão sobre a promoção da igualdade racial e os desafios da luta antirracista”, afirma Lídia Moura. 

A edição desse ano conta ainda com escritores e intelectuais representantes dos povos indígenas, como Edson Kayapó, Daniel Munduruku, Eliane Potiguara, Auritha Tabajara, Aline Kayapó, Cacique Almir Suruí e da guerreira do povo Guarani Kaiowá Valdelice Verón, para chamar atenção da sociedade brasileira para o genocídio contra os povos originários que lutam pela demarcação das suas terras.