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Professora da ECI Graciliano Fontini Lordão, em Pedra Lavrada, se destaca nacionalmente com projeto de trânsito seguro
A professora de Química Kelvia Souza Santos, da Escola Cidadã Integral Graciliano Fontini Lordão, localizada na cidade de Pedra Lavrada (4ª GRE), celebrou uma importante conquista ao ter o projeto desenvolvido por ela entre os 10 melhores do Brasil no programa Educação Viária é Vital (EVV), promovido pela Fundação MAPFRE. O reconhecimento foi anunciado durante a 13ª edição do Encontro Nacional de Professores do EVV, realizado nos dias 28 e 29 de novembro em São Paulo, que reuniu iniciativas de diversas partes do país voltadas à educação para um trânsito mais seguro e sustentável.
Kelvia coordenou o projeto com o objetivo de melhorar a segurança no entorno da escola, que atende 105 alunos em tempo integral. A ideia surgiu após a instalação de um parque eólico na cidade, que trouxe um aumento significativo no tráfego de veículos, incluindo transportes de grandes peças utilizadas na construção das torres. Diante desse cenário, a professora identificou a necessidade de conscientizar motoristas e pedestres, além de implementar medidas práticas para minimizar os riscos.
“Receber a notícia de que fomos uma das quatro escolas classificadas para representar a Paraíba já foi uma grande alegria. Saber que nosso projeto ficou entre os 10 melhores do Brasil foi uma sensação indescritível, um verdadeiro misto de emoção”, afirmou a professora Kelvia. Ela destacou ainda a importância de representar o estado em um evento de tamanha relevância. “Foi um prazer representar a ECI Graciliano Fontini Lordão e a Paraíba nesse evento. Foi incrível”, disse.
A primeira etapa do projeto envolveu diagnósticos e atividades de sensibilização. Alunos e professores realizaram caminhadas pelo entorno da escola, observando os principais pontos de risco. Durante essas atividades, foram identificadas falhas na sinalização, especialmente em áreas próximas às escolas do município, e propostas ações para garantir maior segurança. Com a participação ativa dos estudantes, foi decidido que placas de sinalização seriam criadas e instaladas em locais estratégicos.
A sustentabilidade também foi um dos pilares do projeto. As placas foram confeccionadas com materiais alternativos, fornecidos pela empresa CTG Brasil, em uma parceria articulada pela professora Kelvia. Além disso, os alunos participaram da elaboração do design das placas em uma atividade interdisciplinar, reforçando o protagonismo estudantil como uma das marcas da iniciativa. Grupos de estudantes também se dedicaram à pintura das placas, panfletagem de conscientização e registro das atividades, o que promoveu engajamento e aprendizado prático.
Outro aspecto importante foi a colaboração com a Secretaria de Infraestrutura Municipal, que auxiliou na instalação das placas e na análise dos locais mais adequados para sua fixação. A parceria garantiu que o projeto tivesse o apoio técnico necessário para alcançar seus objetivos, resultando em mudanças concretas na segurança do trânsito local. A iniciativa foi ainda reconhecida na Câmara dos Vereadores, destacando sua relevância para a comunidade.
Além das melhorias práticas no entorno escolar, o projeto promoveu reflexões importantes sobre cidadania, inclusão e sustentabilidade. Entre os destaques está a inclusão de sinalização adaptada para pessoas com deficiência visual, uma medida que reforçou o cuidado com a acessibilidade e a prevenção de acidentes. A abordagem sustentável na produção das placas também incentivou a conscientização ambiental entre os participantes e a comunidade em geral.
A participação no projeto foi uma experiência transformadora para os estudantes da escola. Para Emanoela Brito Oliveira, aluna da 1ª série, o impacto das ações foi essencial para a segurança dos moradores e estudantes em uma cidade pequena como Pedra Lavrada. “A experiência que tive como aluna foi algo realmente marcante, e de muito aprendizado”, conta. Já Maria Clara Ferreira Lima, da 2ª série, ressaltou o valor educativo e artístico das oficinas de pintura realizadas durante a iniciativa. “Foi uma experiência muito enriquecedora, onde participei de oficinas de pintura que uniam arte e conscientização. Durante as atividades, pude expressar minha criatividade enquanto contribuía para transmitir mensagens importantes”, reforçou.