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Aula inaugural: Mulheres Mil inicia capacitação profissional e empoderamento de mulheres em situação de vulnerabilidade em João Pessoa

publicado: 06/06/2024 07h05, última modificação: 06/06/2024 10h25
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FOTOS: DANIEL MEDEIROS
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Com o filho de dois anos nos braços, Silmara Alves, de 37 anos, comemora a oportunidade de poder conquistar uma qualificação profissional e dar um futuro melhor para sua família. Ela foi uma das participantes da aula inaugural do Programa Mulheres Mil, que aconteceu nessa quarta-feira (05), na Associação Beneficente São José, em João Pessoa. O evento marcou o início das atividades do projeto voltado para a qualificação profissional de mulheres indígenas, quilombolas e das periferias urbanas, em situação de vulnerabilidade social, com idades a partir dos 16 anos. Com o apoio do Programa de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec-PB) na Paraíba, a iniciativa do Governo Federal visa promover oportunidades profissionais e empoderamento financeiro, social e cultural, contribuindo para a redução das desigualdades sociais, econômicas, raciais, de minorias e de gênero.

“Estou inscrita no curso de Assistente Administrativo. No momento estou desempregada e me inscrevi no curso para ter a oportunidade de aprender, adquirir conhecimento e poder entrar no mercado de trabalho com qualidade. Espero que, através desse curso, as portas se abram e eu possa ofertar um futuro melhor para a minha família”, conta Silmara, esperançosa, enquanto abraça seu filho Miguel. No total, cerca de 60 pessoas, entre alunas, coordenadores, professores e colaboradores estiveram presentes no local.

O Mulheres Mil, vinculado ao Pronatec, tem como foco a formação de mulheres que estão fora do mercado de trabalho, oferecendo cursos como Agente de Desenvolvimento Cooperativista, Agricultor Orgânico, Assistente de Costura, Assistente Administrativo, Recepcionista, Agente de Segregação e Coleta de Resíduos Sólidos, e Microempreendedor Individual. Os cursos serão ministrados nas cidades de João Pessoa, Alagoa Grande e Baía da Traição, totalizando 225 vagas já preenchidas. De acordo com o edital, os cursos têm um total de 160 horas aula, o que corresponde a 54 dias úteis.

A coordenadora adjunta do Pronatec e responsável pelo programa, Ana Fernandes, conta que para o preenchimento das turmas foi realizado um diagnóstico prévio realizado com os participantes, que envolve comunidades indígenas e quilombolas, além de articulações com associações locais. “Este programa é especial porque atende especificamente mulheres em situação de vulnerabilidade. Realizamos uma captação com diagnósticos na aldeia Toré, na Baía da Traição, no quilombo Caiana dos Crioulos e nos articulamos com a Catajampa e outras associações. O curso não é apenas técnico, partimos de um diagnóstico para que as mulheres descubram de onde vieram, onde estão e para onde querem. ir”. Segundo ela, as aulas são flexíveis, adaptando-se às necessidades dos participantes e dos professores, que, em alguns casos, permanecem nas comunidades por alguns dias consecutivos para facilitar a logística de ensino.

Durante a aula inaugural, coordenadores, professores, colaboradores e alunos presentes puderam compartilhar suas experiências e expectativas a respeito da implantação e futuro das alunas. A coordenadora geral do Pronatec-PB, Adriana Oliveira, relembrou sua trajetória pessoal e a importância das políticas públicas em sua formação. “Eu já estive do lado que vocês estão, buscando me qualificar, buscando políticas públicas. Hoje, representar a Secretaria de Educação do Estado e implantar políticas públicas junto com minha equipe é muito gratificante porque sei que precisamos dar as mãos. Nós, mulheres, já estamos historicamente em situação de desigualdade. Eu obtive apoio e hoje posso oferecer apoio a vocês. Isso é maravilhoso. Saibam que vocês têm o apoio da Secretaria de Educação e de todos os nossos parceiros”, destacou.

A aluna do curso de Auxiliar de Costura, Rejane Moreira, falou sobre o seu sonho de montar uma pequena empresa de corte e costura. “Eu sei costurar, é algo que eu amo fazer, mas ainda não aprendi as técnicas de corte. Com o curso eu vou poder aprender a cortar e assim conseguir realizar meu sonho”, disse. 

Elizabete Araújo, secretária Executiva de Gestão Pedagógica da Secretaria de Estado da Educação, encerrou o evento com palavras de motivação e encorajamento aos participantes. “Ser mulher, negra, vinda do interior e ocupar um cargo de destaque no Estado me coloca em uma posição de privilégio. O que me possibilitou chegar até aqui foram duas coisas: educação e foco. Temos que lidar com muitas barreiras, e sei que algumas de vocês já estão pensando nas responsabilidades com filhos e outras tarefas. No entanto, vocês fizeram uma escolha por sua realização pessoal e profissional. Haverá dias difíceis em que vocês vão querer desistir, mas será a determinação de vocês que moverá a conquista desse espaço. Conclua este curso, sinta orgulho de si mesma e inspire outras mulheres a buscar o mesmo. Contem com toda essa rede de apoio que acredita e está acreditando em vocês”, encerrou sob aplausos dos presentes.