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CHICO DE ASSIS

NOTA DE PESAR

publicado: 01/03/2021 16h58, última modificação: 02/03/2021 11h48
Colaboradores: Damião Ramos, Claudia Samara, Nazareth Pereira, Mariah Herculano, Tito Lobo, Bira Delgado
Morre aos 67 anos, o multiartista Chico de Assis
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A Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba comunica e lamenta a morte de Chico de Assis (67 anos).
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Nascido Francisco de Assis Silva, no bairro do Roger, em João Pessoa/PB, o multiartista, também conhecido por Chiquinho de Assis e Vênus de Assis.
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Desde criança tinha intimidade com as artes plásticas e a música. Somado, seu repertório ultrapassa 1000 composições, entre músicas religiosas, blues, jazz, chorinho, samba, bossa nova, etc. Sempre expressando sentimentos de amor, vida, esperança e paz.
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Compôs sua 1ª música “Mamãe”, aos 8 anos, na escola, para o Dia das Mães. Fez curso de música e piano na Escola de Música Mascarenha de Moraes. Depois esteve na Escola de Música Anthenor Navarro, onde estudou Terapia Musical.
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Aos 16 anos participou do grupo “Os Gens”, cujas músicas eram de sua autoria. Mesmo com o fim do grupo, continuou a se apresentar em bares e eventos particulares.
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Em 1984 participou do Music Club, junto a artistas como Chico César e Pedro Osmar. Nesta época gravou sua primeira música em vinil “Negra de Balauê”.
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Atuou como professor de música no Colégio Adventista, em Recife, e na Cooperativa Cultural Educacional da Universidade Federal da Paraíba (CO DISMA).
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Tem um álbum gravado com a Orquestra Mistura Fina - no qual, 9 músicas são de sua autoria, entre elas a famosa “Amor Colibri”, com a qual o fez participar do Forró Fest. Gravou os Cds “Espargindo Amor” com o grupo gospel Maranatha, e teve 3 de suas canções incluídas no álbum “Simples como Lírio” da mesma banda. Duas de suas músicas foram gravadas pela intérprete Giovanna Miranda: “Nosso Todo Se Acha” e “Pirada”. Recentemente sua canção "Olha Pra Cristo" virou clipe na voz do cantor gospel Elson Júnior.
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Discografia:
- Chico e parceiros
- Bossa Nova
- Chico de Assis Acústico
- Lua e sol, Chico de Assis, Flávio Gondim e convidados
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Trabalhou por mais de 10 anos no ateliê Casa Velha, onde produziu muita arte, onde foi um grande pintor, poeta e intelectual. Dominava amplo repertório: de músicas clássicas à brasileiras, cubanas e angolanas, inclusive fados portugueses.
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Damião Ramos lembra que Chiquinho musicou um de seus poemas e que “solava como ninguém no violão a canção ‘Geni e o Zepelim’ de Chico Buarque, foi um brilhante professor e um homem coração generoso”. Tito Lobo (artista plástico) diz que o amigo “Vibrou a vida e suas emoções”. Heriberto Coelho (empresário cultural) afirma que Chico “Viveu com intensidade, foi um artista multimídia e uma pessoa muito humana”. Nazareth Pereira (esposa) costuma dizer que “ele brincava com as palavras e compunha com facilidade e que, mesmo diante de muitas dificuldades, nunca desistiu de trabalhar com cultura e arte: Permaneceu até o fim de sua vida, cantando e lecionando”.
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Chico deixa viúva Nazareth Pereira, com quem foi casado desde 2011; Danielle Nascimento, sua filha com Sônia, seus netos Anthony e Dayane; e Mariah & Mariana, suas enteadas, a quem carinhosamente tratava como “filhas do coração”.
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A Secult-PB, em nome do Governo do Estado e, de todos os que fazem a Cultura na Paraíba, presta-lhe merecida homenagem.
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Damião Cavalcanti - Secretário de Estado da Cultura
João Pessoa, 26 de fevereiro de 2021