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Saúde

Proteção facial para médicos será distribuída gratuitamente

publicado: 22/03/2020 13h00, última modificação: 23/03/2020 13h55
Laboratório da UEPB desenvolve proteção facial para atendimento de médicos à pacientes do COVID-19. Rapidez na produção depende da colaboração de voluntários
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Protetor Facial
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Protetor máscara
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Protetor facial viseira - 3D
Divulgação
Divulgação
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Márcia Dementshuk 

O Núcleo de Tecnologias e Estratégicas em Saúde (Nutes) da Universidade Estadual da
Paraíba (UEPB) desenvolveu um protetor facial para ser usado por cima da máscara
durante atendimento dos médicos à pacientes infectados pelo COVID-19 em UTIs. Esse
protetor é usado por médicos na China e em outros países e dá maior proteção, o médico
pode usar a máscara por mais tempo.

O protetor facial foi desenvolvido pelo engenheiro Rodolfo Castelo Branco, coordenador
técnico, e Yasmine Martins, coordenadora do Laboratório de Tecnologia 3D (LT3D), que
recebeu no ano passado cerca de R$ 2 milhões em investimentos do Governo da Paraíba.

Segundo Yasmine, existe uma demanda de 4 mil protetores para os médicos que atendem
nas UTIs dos hospitais preparados para receber pacientes infectados. Será distribuído
gratuitamente para os hospitais. Mas é necessário contar com uma rede de colaboração
para a impressão em 3D das viseiras.


Yasmine Martins afirma que o modelo é inspirado nos modelos da empresa Face Shield. O
NUTES adapta e produz, com o mesmo grau e garantia de proteção. “Nós compramos as
peças de acetato, usadas para prender e dar suporte à viseira, no comércio. As peças em
acetato são descartáveis. A perfuração dessas peças será feita de forma voluntária pelas
gráficas. Os elásticos também foram doados pela NC Aviamentos de Campina Grande”, fala
Yasmine.

O pedido dos coordenadores do NUTES é para a impressão em 3D das viseiras. “A parte
impressa 3D, que é a viseira, é reutilizável que é a placa da frente. Essa placa é impressa
em impressoras 3D e estamos pedindo a colaboração de todas as instituições que têm
impressoras para nos ajudar”, solicita Yasmine.
Quem pode entrar nessa rede de colaboração deve fazer contato pelo e-mail:
lt3d.nutes@gmail.com.

O Protolab 3D, Laboratório de impressão em 3D da UEPB e patos já faz parte dessa rede.
Segundo o professor Rodrigo Fonseca, coordenador do Protolab 3D, a UEPB fornece o
material para a impressão: “Cada viseira demora em torno de uma hora e meia para
impressão”, explica o Rodrigo Fonseca.

O LT3D é um laboratório que integra o Núcleo de Tecnologias e Estratégicas em Saúde
(Nutes) e, por sua vez, é parte do “Centro Integrado Multiusuário de Referência em Saúde
da Paraíba”.

O Centro Multiusuário, é um programa do Governo do Estado da Paraíba para expandir a infraestrutura em equipamentos e locais dos laboratórios da UEPB.

No ano passado, o Governo investiu R$ 2 milhões, através de edital da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq).

(Ascom/SECT)