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Fapesq recebe dois prêmios por boas práticas em fomento à ciência, tecnologia e inovação
Roberto Germano, presidente da FapesqPB, recebe o prêmio na cerimônia/ foto: Luiz Bernardo Jr. (Unila)
Helda Suene
A Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq) conquistou o 3º lugar nas duas categorias em que concorreu no Prêmio Confap de Boas Práticas em Fomento à CT&I. Confap é o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa e CT&I, sigla para “ciência, tecnologia e inovação”. A Fapesq foi premiada nas categorias “Desenvolvimento de Ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação”, com o Programa Ouse Criar, e “Gestão e Desenvolvimento Organizacional”, com o projeto “Planejamento Estratégico (PE) da Fapesq”.
A premiação aconteceu nesta quinta-feira (9), em evento presencial, durante solenidade de abertura do Fórum Nacional Confap, que aconteceu nos dias 9 e 10 de dezembro, em Foz do Iguaçú, no Paraná. A premiação foi transmitida ao vivo e pode ser conferida pelo canal do YouTube do Confap (https://youtu.be/c59stuw9H30).
A premiação foi concedida às fundações de amparo à pesquisa (FAPs) que tenham desenvolvido ações e procedimentos criativos, diferenciados, inovadores, eficientes e eficazes no fomento ao desenvolvimento e execução da Política Nacional de CT&I e que, por consequência, tenham potencializado a interação entre academia, setor produtivo, governo e sociedade e elevado a qualidade e/ou a quantidade de pesquisas científicas apoiadas em seus respectivos estados.
Premiação fortalece política institucional de incentivos
As FAPs classificadas em primeiro lugar, em cada uma das categorias, foram premiadas com certificado, troféu e medalha. As classificadas em segundo lugar foram premiadas com certificado e troféu. E os terceiros lugares receberam certificado e medalha. Além disso, as fundações inscritas que atingiram a pontuação mínima para serem classificadas, receberam o selo Confap de Boas Práticas. O objetivo da premiação é reconhecer e destacar as iniciativas de sucesso das FAPs, além de contribuir para o processo de integração e troca de experiências exitosas entres as fundações dos diferentes estados.
“Temos poucas oportunidades para reconhecer talentos e aqui estamos tendo uma dessas oportunidades”, destacou em sua fala o presidente do Confap, Odir Dellagostin. Ele afirmou que o conselho vai preparar uma publicação relatando com mais detalhes sobre o que consiste cada uma dessas boas práticas, para que todos tenham conhecimento e possam estudar e verificar se essa ação também se aplica na sua fundação de amparo à pesquisa, e “tenho certeza que as FAPs que aqui foram reconhecidas se sentirão orgulhosas em compartilhar com essas informações e contribuir para que outras também adotem essas boas práticas”.
Para o presidente da Fapesq, Roberto Germano, essa premiação representa um reconhecimento em nível nacional e significa o resultado de um trabalho coletivo. Dá visibilidade ao trabalho desenvolvido pela equipe da Fapesq, bem como da Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia (Seect), uma vez que envolve as atividades referentes ao PE da Fapesq – que nesses 30 anos não tinha ainda um documento norteador de suas ações. Além do Programa Ouse Criar que demonstra a política da secretaria para o fortalecimento das atividades empreendedoras dos alunos da rede pública do Estado.
“Este prêmio tem um valor muito importante para nosso estado e para nossas instituições, porque representa o reconhecimento em nível nacional, do conselho de todas as fundações de amparo à pesquisa do Brasil, constituído por 26 fundações. E a nossa pequena fundação com uma equipe muito reduzida conseguiu fazer um trabalho de muita qualidade. Significa um redirecionamento de rumos para a Fapesq, bem como o fortalecimento da política educacional e de ciência, tecnologia e inovação do nosso estado”.
Ouse Criar estimula estudantes
O Programa Ouse Criar é uma iniciativa do Governo do Estado desenvolvida pela Secretaria de Estado da Educação da Ciência e Tecnologia, com apoio e execução da Fapesq. Foi instituído em dezembro de 2019, pela lei nº 11.535 como um programa de educação para inovação e empreendedorismo nas escolas estaduais, com o objetivo de assegurar oportunidades para estudantes e egressos da rede estadual de ensino em projetos de inclusão social e tecnológica, criando oportunidades de desenvolvimento profissionalizante.
O programa é realizado por meio do fomento, sistematização e implementação de ações educacionais, tecnológicas e inovadoras que promovam a criação e melhoria contínua de produtos e/ou processos, como o surgimento de novos empreendimentos a partir de soluções de problemas contextualizados. As ações do programa enfatizam a harmonia nas relações sociais entre os estudantes através do trabalho em equipe, unindo o alunado em busca de soluções em torno da sua realidade por meio de metodologias ativas.
Os métodos escolhidos para nortear as fases e etapas do programa Ouse Criar buscam induzir os educandos à participação social, à objeção e à visão universal, o que leva ao desenvolvimento de habilidades, tais como a criatividade e o fortalecimento dos vínculos entre a tecnologia e a educação. Buscando a melhor inserção do empreendedorismo dentro do cotidiano escolar dos estudantes, quatro grandes eixos da inovação foram selecionados para atender esta demanda: “soluções governamentais”; “inovação e desenvolvimento regional”; “tecnologias sociais”; “tecnologias educacionais”.
Planejamento estratégico já mostra avanços
O Planejamento Estratégico (PE) da Fapesq surgiu como um processo reflexivo de pensar sobre o posicionamento da instituição para o período de 2020 a 2025. Teve seu início em julho de 2019, em uma reunião motivacional para expor aos colaboradores a real importância de trabalhar o PE. Após longas discussões, foram definidos seis grupos de trabalhos (GTs).
Os parceiros tiveram voz ativa na construção coletiva do Swot — sigla em inglês para “forças, fraquezas, oportunidades e ameaças” e matriz estratégica de leitura do ambiente externo (ameaças e oportunidades) e do ambiente interno (fraquezas e fortalezas).
Como resultados de performance de gestão e seu impacto, existem os seguintes pontos: redesenho da identidade organizacional (missão, visão e valores organizacionais); redesenho da estrutura organizacional necessária para o alcance dos novos objetivos institucionais; definição de seis eixos centrais de ação, os quais apresentam objetivos, estratégias e caminhos para sua implementação; desenvolvimento de diagnóstico organizacional junto aos stakeholders da fundação; oficinas realizadas melhoraram a organização do ambiente de trabalho, possibilitaram mecanismos de padronização e profissionalismo de atividades e sensação de coletividade; alinhamento claro das ações da fundação com os caminhos de desenvolvimento da Paraíba e captação de projetos estratégicos complementares para o Estado, a exemplo do Núcleo Peiex-PB, que teve lançamento no dia 3 passado.
Já se percebe evolução significativa relativa às atividades de prestação de contas, à definição de sistemática de acompanhamento administrativo/financeiro dos projetos em andamento, à gestão de arquivos e direcionamento para transformação digital, à gestão de pessoas e das bolsas, às atividades de comunicação, com a reformulação do portal e redes sociais, planejamento de conteúdo, implementação de canal no YouTube, além da implementação de assessoria jurídica e das atividades de compras e patrimônio. Além disso, houve um crescimento expressivo na oferta de editais para a comunidade científica e direcionados ao empreendedorismo inovador.