Estado da Paraíba vai integrar a “Rede Nordeste de Inovação Tecnológica”

O Secretário Executivo da Ciência e Tecnologia da Paraíba, Rubens Freire, manifestou a intenção de integrar o Estado da Paraíba à  “Rede Nordeste de Inovação Tecnológica”, a ReNIT. O Protocolo de Intenções proposto pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) e o Instituto Nacional do Semiárido (INSA), ambos ligados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, foi apresentado durante o I Simpósio de Articulação em Ciência e Tecnologia para o Nordeste – SIACTEC-NE, realizado dia 21 de junho pelo MCTI em modo híbrido, com a participação do ministro, Marcos Pontes e secretários do ministério, das diretoras do INSA, Mônica Tejo e do Cetene, Giovanna Machado, e dos gestores estaduais de Ciência e Tecnologia.

A articulação do MCTI com gestores das políticas públicas de C,T&I dos estados do Nordeste e instituições voltadas para o desenvolvimento da região como a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, (Dnocs), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o Banco do Nordeste (BNB) visa unificar o entendimento com relação às necessidades e oportunidades para o avanço econômico, social e sustentável da região, com foco em parcerias em Projetos Estruturantes em Energias Renováveis e Bioeconomia.

De acordo com a Diretora do INSA, Mônica Tejo, a rede estará voltada para a análise criteriosa das necessidades e condições de expansão econômica e social de forma inclusiva no Nordeste: “Os recursos destinados à Região Nordeste podem ser potencializados para que tenham um impacto maior na região. Para isso, propomos a organização de grupos de trabalho que irão pensar as ações buscando o alinhamento”. 

Em sua intervenção no simpósio, Rubens Freire destacou ações estruturantes para a evolução da ciência, tecnologia e inovação na Paraíba, como a atualização da legislação por meio de encaminhamento à Assembleia Legislativa da Paraíba do texto para a Emenda Constitucional Estadual, e a institucionalização do Marco Legal da Ciência e Tecnologia do Estado da Paraíba e a construção de uma rede de fibra óptica atendendo as instituições de ensino e pesquisa do estado e as escolas da rede pública estadual, além de outras ações e investimentos.

Ele também ressaltou a implantação do programa Horizontes de Inovação, que irá fomentar a criação e manutenção de empresas de base tecnológica e outras ações voltadas para a construção de ideias inovadoras, criativas em um ambiente propício, desenvolvendo a C&T nas cidades da Paraíba.

Sobre a formação da ReNIT, Rubens Freire ressaltou o esforço da comunidade científica e de gestores das políticas públicas da ciência e tecnologia “para negar o negacionismo”. “É um esforço que, em determinados momentos, se depara com barreiras extremamente fortes. E devemos encontrar formas de superar pois, caso contrário, continuaremos a lamentar a tragédia brasileira”, uma referência aos meio milhão de pessoas que perderam a vida até o momento por causa da pandemia da covid-19.

Os secretários dos demais estados nordestinos também apoiaram a formação da ReNIT e apresentaram o andamento das ações em C,T&I.

Confira as metas do Protocolo de Intenções:

Os objetivos específicos imediatos da ReNIT deverão ser:

1. Oferecer suporte à comunidade científico-tecnológica da Região Nordeste nos temas alinhados a Energias Renováveis, Bioeconomia, Nanotecnologia, Biotecnologia, Recursos Hídricos e Agropecuária, fortalecendo o diálogo e a interação com os diversos atores dela participantes: ICTs, Secretarias de Ciência e Tecnologias estaduais, MCTI, SUDENE, DNOCS, CODEVASF e BNB;
2. Utilizar-se e buscar consolidar frente ao CETENE e ao INSA os mecanismos previstos na legislação, de modo a fortalecer a parceria institucional com as Secretarias estaduais dos governos da região Nordeste e demais parceiros, para suporte orçamentário-financeiro às iniciativas da comunidade nordestina de CT&I, alinhadas a Projetos Estruturantes em Energias Renováveis e Bioeconomia;
3. Apresentar-se como permanentes atores no processo de debate e construção de políticas para o desenvolvimento dos estados e da Região Nordeste, contribuindo ativa e propositivamente para atuar na construção do desenvolvimento socioeconômico do Nordeste e de cada um dos seus estados;
4. Fortalecer, consolidar e ampliar o contingente de recursos humanos qualificados, possibilitando o desenvolvimento de novas de novas capacidades produtivas e inovadoras na Região Nordeste nas seguintes iniciativas:

a) Pesquisas científico-tecnológicas que resultem em processos de inovação, difusão e adaptação de tecnologias, no que diz respeito a Projetos Estruturantes em Energias Renováveis e Bioeconomia, Nanotecnologia, Biotecnologia, Recursos Hídricos e Agropecuária;
b) Potencialização de ações de impacto sócio ambiental na região nordeste.

Assista ao  I Simpósio de Articulação em Ciência e Tecnologia para o Nordeste – SIACTEC-NE

Por Márcia Dementshuk