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POLÍTICAS PÚBLICAS
Educação, Ciência e Tecnologia e Agricultura Familiar definem colaboração
Renato Félix
A Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia, a Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido, a FapesqPB e a Empaer assinaram um termo de cooperação para ações conjuntas entre os órgãos. É um reforço no diálogo entre esses setores da administração pública estadual com o objetivo de planejar e estabelecer políticas públicas voltadas para a agricultura familiar, além de incrementar as já existentes.
“É muito importante esse convênio porque mostra o efeito da multisetorialidade de áreas como educação e agricultura familiar”, disse Cláudio Furtado, secretário de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia. Você junta a área que é responsável pela produção dos nossos alimentos e a educação contribuindo ali com o investimento na formação no apoio cada vez mais na profissionalização da agricultura familiar, para que a gente possa ter maior produtividade e alcance. Para que as pessoas do campo possam viver do que produzem, gerando riqueza para o estado e maior qualidade de vida”.
“Eu acredito muito em sentar para ver o que a gente pode melhorar para a agricultura familiar, onde a gente pode colaborar com as secretarias”, acrescenta Bivar Duda, secretário de Estado da Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido. “A gente dialogou sobre o APL da mandiocultura, sobre o APL da apicultura, e sobre o PBTec, que é uma realidade: mais de mil alunos da agricultura familiar inscritos este ano”.
“Essa iniciativa demonstra claramente a sensibilidade para um grande garaglo que a gente tem na adminstração pública que é o diálogo entre as políticas públicas”, analisa Roberto Germano, presidente da FapesqPB. “Quando você une esforços onde a política de um setor pode colaborar ou fortalecer outro setor, ela se transforma evidentemente em uma política mais forte para melhor estruturar o setor de desenvolvimento regional, sobretudo voltado para os APLs”.
“Eu, quando assumi a Secretaria Executiva de Ciência e Tecnologia, achei por bem iniciar uma interação com outras secretarias – notadamente aquelas cuja centralidade da sua ação são políticas que eu acho importantes para a sociedade’, afirma Rubens Freire, secretário executivo de Ciência e Tecnologia. “E a produção de alimentos no Brasil, em torno de 75% daquilo que está na nossa mesa, vem da agricultura familiar”.
Ele considerou que a agricultura familiar não conseguiu incorporar os avanços tecnológicos da área de que se aproveita o agronegócio de larga escala e que a Secretaria Executiva de Ciência e Tecnologia precisa tentar compensar esse desequilíbrio. E, para isso, já há projetos concretos.
“Nós já desenvolvemos uma plataforma que será testada experimentalmente pela cooperativa Frutiaçu, em Mamanguape, para tentar viabilizar a comercialização de seus produtos para os grandes consumidores”, diz ele. “Não é um ‘uber’, não uma plataforma de entrega de feira. E, sim, tentar comercializar em escala”. Editais da FapesqPB que financiam pesquisas nas áreas de floricultura e produção de cachaça também são apontados como ações práticas para incentivar esses arranjos produtivos locais (APLs).