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Reitoria da UFPB

Campanha e eleição serão totalmente virtuais

publicado: 05/08/2020 16h48, última modificação: 05/08/2020 16h58
Consulta pública à comunidade acadêmica a UFPB será dia 26 de agosto
Candidatos à Reitoria UFPB

Nomes irão compor a Lista Tríplice que será encaminhada para o MEC


Por Márcia Dementshuk

Tem início o processo para a escolha de novo Reitor ou Reitora na Universidade Federal da Paraíba. A novidade são algumas mudanças nos procedimentos dos candidatos e da própria consulta por causa da epidemia da covid-19. Em cumprimento à Lei 13.979, de fevereiro deste ano, as divulgações das candidaturas serão feitas por meios digitais - redes sociais, sites, mensagens eletrônicas, em plataformas de vídeo ou de áudio. A consulta prévia aos docentes, discentes, técnicos e demais servidores será eletrônica, não presencial, pelo sistema SigEleição da UFPB dia 26 de agosto.

O próximo Reitor ou Reitora da UFPB irá liderar uma comunidade formada por cerca de 50 mil pessoas, sendo que 40 mil são estudantes de graduação. E ainda, uma massa crítica de docentes, pesquisadores de alto nível  - uma força de trabalho para solução de problemas altamente qualificada - em departamentos com laboratórios de ponta, mas que carecem de materiais e manutenção. Além de gerenciar um orçamento robusto que, em 2020, está previsto alcançar R$ 1,87 bilhão (Portal da Transparência do Governo Federal). Já foram executados R$ 888,88 milhões, até o momento.

O Conselho Universitário da UFPB estabeleceu as regras para a consulta de 2020 com base em Decretos anteriores que regulamentam a escolha de dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior e considerou ainda a Lei federal que estabelece as medidas adotadas para enfrentamento ao contágio pelo novo coronavírus.

A Comissão Organizadora para a Consulta Prévia para Reitor ou Reitora e vice homologou no último domingo as candidaturas de três chapas que serão apresentadas nos próximos dias para a comunidade acadêmica que irá demonstrar suas preferências através de voto facultativo. Os nomes homologados formarão a lista tríplice em ordem do número de votos a ser encaminhada para o Ministério da Educação e Cultura (MEC) para, posteriormente, ser nomeado pelo Presidente da República.

Conforme a lei, o presidente da República pode nomear qualquer nome integrante da lista tríplice, independente do número de votos obtidos na consulta prévia feita na unidade acadêmica. Tradicionalmente, em anos anteriores, ocorreu o fato de o presidente homologar nomes mais votados. Contudo, no ano passado, Jair Bolsonaro escolheu o último candidato da lista para a Reitoria da Universidade Federal do Ceará, que obteve somente 4,61% do total dos votantes.

Por essa razão, o processo de mudança do Reitor universitário é considerado pela grande parte da comunidade acadêmica, uma oportunidade para debater a situação atual da universidade. Chama a atenção a baixa colocação da Universidade Federal da Paraíba no Ranking das Universidades Latinoamericanas de 2020. Dentre as universidades brasileiras, a UFPB está na 87ª posição - entre 126 instituições públicas e privadas. E, no Nordeste está em 7ª colocação.

O estudo se se baseia nos mesmos 13 rigorosos indicadores de desempenho que sustentam o ranking mundial das universidades, mas os pesos foram recalibrados para refletir as características das universidades da América Latina. As universidades são julgadas em todas as suas principais missões: ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectivas internacionais.

Confira as propostas dos candidatos para a pergunta: Qual deverá ser o maior desafio imediato para a gestão?

Chapa: Orgulho de ser UFPB - Valdiney Veloso Gouveira (Reitor); Liana Filgueira Albuquerque (Vice-Reitora).

Valdiney - “Precisamos pensar globalmente e agir localmente dentro do espírito da universidade. Descentralizar e democratizar a gestão certamente é um primeiro passo, mas precisamos também empoderar os departamentos, pois lá é onde é feito o ensino, a pesquisa, é onde está a necessidade de investimentos. Também há que renunciar as práticas de reservas de recursos, ou de concentrá-los na Reitoria formando um “balcão” para atender, unicamente, a aliados. É um desafio estimular a publicação qualificada, construir um programa institucional de bolsas de produtividade em pesquisa”.

Chapa: Inovação com Inclusão - Terezinha Domiciano Dantas Martins (Reitora); Mônica Nóbrega (Vice-Reitora).

Terezinha - “Desde que as atividades presenciais da UFPB foram suspensas a UFPB ainda não formalizou um plano de contingenciamento para a retomada dos trabalhos administrativos presenciais ou semi-presenciais. Mesmo com o retorno às atividades presenciais, o modelo remoto deverá ser praticado; portanto, há necessidade de estabelecimento de estratégia de gestão administrativa e acadêmica, para os novos processos decorrentes da pandemia. Trabalharemos firmemente para elaborar um plano de contingência geral e específico, por unidades acadêmicas, com medidas de prevenção e proteção. Vamos criar uma comissão de imediato para discutir o teletrabalho e o EaD como uma atividade rotineira da universidade

Chapa: UFPB em primeiro lugar - Isac Almeida de Medeiros (Reitor); Regina Celi Mendes Pereira da Silva (Vice-Reitora).

Isac Medeiros - “Primeiro, à curto prazo, a gestão se dedicará a administrar a crise gerada pela pandemia da covid-19, um enfrentamento da situação que foge ao controle de todos e todas; garantir que todas as vidas sejam preservadas até chegarmos no novo normal que deverá vir com uma vacina. Vamos definir protocolos de biossegurança. O segundo momento, pós-covid, daremos continuidade ao direito de formação de alto nível. O grande desafio, é a questão do fomento para que a nossa instituição se estabeleça como uma das melhores do País. E, para isso, a gestão pretende apoiar a concorrência de nossos pesquisadores em editais à projetos científicos.