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Saúde da Paraíba participa de curso AIDPI em Brasília e intensifica ações para a primeira infância
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) da Paraíba está participando do curso de Atenção Integral às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e pelo UNICEF, realizado de 2 a 6 de dezembro no Hospital Santa Lúcia, em Brasília. A capacitação reúne profissionais de diversas regiões do país para aprimorar o enfrentamento de doenças prevalentes na infância, com foco na redução da mortalidade infantil.
Representando a Paraíba, participam do curso o diretor técnico do Hospital Infantil Arlinda Marques, Ariano Brilhante; a diretora do Hospital Infantil de Patos, Isabella Cristina Santos; e a gerente operacional da Atenção Especializada, Rogéria Silva. Segundo Ariano Brilhante, a iniciativa visa não apenas o aprimoramento do atendimento hospitalar, mas também a integração com a atenção primária. “O curso tem como objetivo capacitar profissionais para que a sistematização do atendimento à criança seja difundida por todas as unidades da Paraíba, sejam hospitalares ou de atenção primária, garantindo diagnósticos e tratamentos eficazes para doenças que mais impactam a mortalidade infantil na região”, destacou.
Nos últimos anos, a Saúde da Paraíba tem se destacado em ações voltadas para a primeira infância, como a criação de 22 Centros de Referência da Primeira Infância (CRPI), que fortalecem a rede de assistência a crianças em situação de vulnerabilidade.Também foram realizados importantes investimentos em equipamentos e reformas nos hospitais infantis do estado, como o Arlinda Marques, em João Pessoa, e o Infantil de Patos. Entre as ações, estão a ampliação de leitos de UTI Neonatal e Pediátrica e a aquisição de novos aparelhos para diagnóstico precoce.
A formação do AIDPI terá continuidade com oficinas regionais voltadas a profissionais da saúde, promovendo a multiplicação do conhecimento adquirido no curso para as Regiões de Saúde da Paraíba. “A ideia é que, através dessa estratégia, a capacitação chegue até o profissional que atua na ponta, seja nas unidades de saúde da capital, nas macro-regiões de referência ou nos municípios mais distantes. Esse treinamento contempla tanto pediatras quanto médicos de família e comunidade, fortalecendo o atendimento integral às crianças paraibanas”, explicou Ariano Brilhante.
Além disso, o estado já implantou estratégias como a Rede Cuidar, que oferece serviços especializados de saúde para gestantes e crianças com condições clínicas de alto risco, e ampliou a cobertura de exames neonatais. Essas ações integram uma política de cuidado contínuo, desde o pré-natal até os primeiros anos de vida, consolidando o papel da Paraíba como referência em atenção à saúde infantil.
Para a diretora do Hospital Infantil Noaldo Leite, Isabella Cristina Santos, o intercâmbio com outras regiões é essencial para o aprimoramento das práticas locais. "Participar dessa capacitação nos permite trocar experiências com profissionais de outras regiões, adquirir novos conhecimentos e refletir sobre soluções práticas para os desafios no cuidado com a primeira infância", afirmou. Já a gerente operacional da Atenção Especializada da SES, Rogéria Silva, destacou que a capacitação ampliará e consolidará as práticas existentes na Paraíba, com impacto direto nos indicadores de saúde infantil.
AIDPI - Desenvolvida originalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência (Unicef), a estratégia AIDPI se alicerça em três pilares básicos: o primeiro é a capacitação de recursos humanos no nível primário de atenção, com a consequente melhoria da qualidade da assistência prestada; o segundo é a reorganização dos serviços de saúde, na perspectiva da AIDPI; e o último é a educação em saúde, na família e na comunidade, de modo que haja uma participação de todos na identificação, condução e resolução dos problemas de saúde dessa família, especialmente dos menores de 5 anos de idade.
No Brasil, a estratégia AIDPI foi adaptada às características epidemiológicas da criança e às normas do Ministério da Saúde relativas à promoção, prevenção e tratamento dos problemas infantis mais frequentes, como aqueles relacionados ao aleitamento materno, promoção de alimentação saudável, crescimento e desenvolvimento, imunização, assim como o controle dos agravos à saúde tais como: desnutrição, doenças diarreicas, infecções respiratórias agudas e malária, entre outros.