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Campina Grande alcança recorde de transplante de córneas em 2021 com 89 cirurgias realizadas

publicado: 21/01/2022 15h31, última modificação: 21/01/2022 15h32
transplante de córneas

Durante todo o ano passado, a Paraíba registrou 246 transplantes de córneas, o melhor número desde o ano de 2001, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A última vez que o estado ultrapassou a marca de 200 transplantes de córneas tinha sido em 2009, quando somou 202 cirurgias.

Do total de procedimentos em 2021, 89 foram realizados na cidade de Campina Grande. O dado é o maior já alcançado em todos os tempos. De acordo com o oftalmologista Diego Gadelha, a marca representa um recorde histórico. “A gente ficou muito feliz com o número recorde de transplantes de córneas aqui no nosso serviço, todos eles realizados pelo SUS. É um orgulho muito grande poder contribuir com a melhora dos índices e agradecemos muito ao empenho do Governo do Estado e Secretaria de Saúde do Estado pelos esforços de aumentar a captação e viabilizar a disponibilidade por meio da Central de Transplantes do Estado,” enfatizou.

Uma das pacientes beneficiadas foi a empresária Maria Lopes de Sousa, da cidade de Itaporanga. Ela fez a cirurgia no último mês de junho e comemorou o resultado. “Deu tudo certo, já consigo enxergar normalmente,” conta.

No ano anterior, em que a pandemia, iniciada no mês de março, fez suspender a realização dos procedimentos, todo o estado teve 37 transplantes de córneas registrados. Comparando com 2021 o número aumentou em mais de seis vezes. 

“A estruturação da rede de saúde frente à pandemia, o avanço da vacinação contra a covid-19 e os investimentos direcionados ao setor têm contribuído para o crescimento do número de transplantes na Paraíba,” explica o secretário de estado da saúde, Geraldo Medeiros. 

Atualmente a Paraíba tem 308 pessoas na fila de espera por uma córnea. Para entrar na lista por um órgão, o paciente precisa ser atendido por um médico da equipe transplantadora, que vai solicitar os exames e encaminhar o cadastro ao Sistema da Lista de Espera. A partir daí, a Central de Transplantes passa a fazer o acompanhamento.

Já para ser doador, basta apenas comunicar o desejo aos familiares em vida. Eles são responsáveis por autorizar a doação, considerando apenas pessoas com até o segundo grau de parentesco.

“Nós entendemos que é um momento difícil para a família doadora, mas é importante entender que a doação pode melhorar a qualidade de vida de quem precisa de um transplante, permitindo que esses pacientes possam retomar as atividades normais.” Esclarece a chefe do Núcleo de Ações Estratégicas da Central Estadual de Transplantes, Rafaela Carvalho.