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Vice-governador acompanha retorno de estudante transplantada às aulas em Campina Grande
O clima era de emoção e esperança na Escola Cidadã Integral Virginius da Gama e Melo, em Campina Grande. A estudante Andrielly Silva, de 17 anos, voltou à sala de aula depois de enfrentar e vencer uma das maiores batalhas de sua vida: um transplante de coração, contando para isso com o trabalho da equipe do Hospital Metropolitano e a ação de captação de órgãos da Central de Transplantes da Paraíba.
Foram meses de internação em Campina Grande e no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita. Entre fé, coragem e determinação, Andrielly passou do desalento diante do curto prazo que teria para resistir na fila de espera para a emoção da notícia de que a decisão de uma família pela doação de órgãos lhe daria a oportunidade de continuar vivendo e sonhando.
O vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro, participou da recepção especial organizada pela escola para celebrar o retorno da aluna. Ao lado da família, de colegas e professores, ele destacou que momentos como este mostram o papel fundamental do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede estadual de saúde.
“Histórias como a de Andrielly renovam a nossa fé e nos mostram a importância da doação de órgãos. A Paraíba tem uma das centrais de transplantes mais eficientes do país, que atua com agilidade, humanidade e respeito. Esse trabalho salva vidas todos os dias, e políticas públicas como essa merecem e têm a nossa atenção. Impossível não se emocionar vivenciando a concretização de um ato que possibilita salvar vidas”, afirmou Lucas Ribeiro.
O retorno à sala de aula - Até a chegada do reencontro de Andrielly com os amigos do colégio, se passou uma longa e angustiante batalha. A amiga e colega de escola Sabrina Freire lembra que a ausência dela foi sentida por todos. “Andrielly sempre foi muito elétrica, estava sempre de um lado para o outro. Na escola, a gente vivia grudada. Quando ela precisou se afastar, foi como se faltasse um pedaço da gente. Sentimos muito a falta dela.”
Já Maria Gabriela, também amiga e colega de turma, recorda o dia em que recebeu a notícia do transplante: “Foram sete meses de luta. No final, disseram que ela só tinha mais uma semana de vida e que talvez não conseguisse o coração. Mas, no dia seguinte, às cinco horas da manhã, recebemos a ligação dizendo que o coração tinha chegado. Foi no dia do meu aniversário e, sem dúvida, o melhor presente que poderíamos ganhar foi vê-la com saúde de novo.”
Vencida essa etapa decisiva na vida da jovem, foi hora de retornar ao ambiente escolar. A volta foi marcada por muita emoção. Iradalva, mãe de Maria Clara, doadora do coração, esteve presente para conhecer a jovem que agora abriga o órgão que foi de sua filha. Entre abraços longos e recordações dolorosas, Iradalva e Andrielly se expressavam apenas com lágrimas que misturavam a dor de uma perda e a alegria de uma nova vida.
Central de Transplantes - Vinculada à Secretaria de Estado da Saúde, a Central de Transplantes da Paraíba é referência nacional pelo índice de captação e transplantes realizados. Neste ano, o estado já realizou mais de 120 transplantes de órgãos e tecidos. Apesar das doações já realizadas, mais de 800 pessoas ainda aguardam na lista de espera.