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SES promove qualificação sobre monitoramento do câncer para municípios da 1ª macrorregião

publicado: 15/10/2019 17h41, última modificação: 15/10/2019 17h54

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) deu continuidade às atividades do Outubro Rosa, nesta terça-feira (15), com uma atualização direcionada aos municípios da Primeira Macro Região de Saúde da Paraíba. O Objetivo foi o de tirar dúvidas e reafirmar o fluxo de exames como citologia e mamografia, além do manejo de materiais de coleta. A iniciativa, realizada no Centro de Formação de Educadores de João Pessoa, contou com a participação do Centro Especializado Diagnóstico do Câncer – CEDC, responsável pelas orientações sobre exames que podem diagnosticar os tipos de câncer mais letais para as mulheres no mundo.

A coordenadora de Saúde da Mulher da SES, Fátima Moraes, abriu o evento com a fala sobre a conscientização a respeito da atualização do conhecimento a respeito do tema, uma vez que o público presente lida diariamente com as coleta de material para a análises e encaminhamentos para mamografias. “É importante a gente sempre buscar a melhora e entender as necessidades de cada região, assim saberemos onde e se precisamos ofertar mais e se precisamos elevar a nossa meta de cobertura”, explica.

Entre os temas abordados durante a palestra estiveram a forma correta de identificação das lâminas, as condições das mulheres, aspectos técnicos da coleta e acondicionamento do material em relação ao exame citológico. Para coordenadora da SES os desafios estão em aprimorar a questão da qualidade da coleta do material citopatológico do colo de útero em todo o Estado, monitorar o seguimento das mulheres em relação aos resultados de exames alterados e aprimorar o processo de referência e contra referência.

Os índices de morbidade de câncer de colo de útero e de mama e ainda permanecem altos no estado, mesmo com a oferta de exames nos PSFs e no CEDC, onde é possível realizar o exame de mamografia por demanda espontânea. Sobram vagas para a realização de mamografia e em muitos outros casos os exames são agendados, porém as pacientes não comparecem na data prevista. “Existem muitos mitos que envolvem as mamografias, algumas mulheres acreditam que se não tiver um caroço, ou secreção não devem fazê-lo, mas ele é a única forma de diagnóstico preciso do câncer de mama”, explica a Coordenadora de enfermagem do CEDC, Daiane Queiroz.

Ainda de acordo com a coordenadora, se a mulher é diagnosticada precocemente com um tumor de 1cm, por exemplo, a chance de cura para o câncer de mama é mais elevada. Já em relação ao câncer de colo de útero as chances de prevenção e tratamento são ainda maiores, uma vez que o período de manifestação é mais lento “Este tipo de câncer é a quarta causa nacional de mortes e o exame para diagnosticá-lo pode ser feito no PSF, em uma consulta de rotina”, enfatiza ao reforçar que são 4 anos para a lesão se tornar um carcinoma (tumor maligno) e 10 anos para ocorrer metástase (tomar conta dos tecidos).

Para as mulheres residentes nos município da Paraíba, a SES oferece a mamografia à partir dos 40 anos, para ampliar a faixa de diagnóstico. Já as mulheres com histórico da doença na família devem procurar o serviço público para fazer os exames mais cedo. A orientação é que seja com a faixa etária de 10 anos a menos que o parente mais próximo tenha desenvolvido o tumor, porém nunca antes dos 30 anos. Ainda durante a palestra foi reforçada a importância do autoexame . “Apalpar as mamas e as axilas em busca de nódulos é de suma importância para a mulher conhecer o próprio corpo e perceber alterações, porém não exclui de forma alguma a mamografia de rastreio”, finaliza Daiane Queiroz.

Ao final da atualização promovida pela SES o técnico digitador do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), Mazureik Moraes, tirou as dúvidas dos técnicos presentes a respeito do preenchimento do fomulário do sistema. Foram abordados desde problemas com login a até os campos específicos dos dados, que precisam estar corretamente informados para a filtragem de dados. As informações como índices de incidência e mortalidade por câncer servem para pautar a implementação de ações nacionais voltadas para a prevenção e o controle do câncer (diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos).