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SES oferece serviços de atendimento para pessoas com doença falciforme
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) oferece uma linha de cuidados para as pessoas com doença falciforme (DF), que inicia com a triagem neonatal e perpassa todos os ciclos de vida. A doença falciforme, também chamada de anemia falciforme, é uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos) caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia. Essa condição é mais comum em pessoas da raça negra.
De acordo com a coordenadora de saúde da população negra, Adélia Gomes, atualmente a Paraíba tem um número aproximado de 300 usuários cadastrados com DF. “O nosso desafio é trabalhar o acolhimento dos usuários na atenção básica para prevenir as crises e estruturar a referência para atendimento de urgência e emergência dos adultos em crise”, alertou.
Para ter acesso ao serviço, a população que tenha nascido antes de 2012 ou tenha recebido o diagnóstico na triagem neonatal, e que ainda não esteja inserida no serviço, pode procurar o Hemocentro da Paraíba para fazer o cadastro e receber o atendimento complementar de cuidados.
Na Paraíba, o exame de triagem neonatal para a doença falciforme, conhecido como teste do pezinho, é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e é realizado pelo Laboratório Central Estadual (Lacen-PB). O diagnóstico é confirmado pelo exame de eletroforese de hemoglobina e as crianças são acompanhadas pelo serviço de referência de Triagem Neonatal do Complexo Pediátrico Arlinda Marques que também são, concomitantemente, encaminhadas para serem atendidas pelo Hemocentro da Paraíba.
O Hemocentro da Paraíba é o serviço de referência que deve ser procurado pelos usuários e profissionais de saúde para cadastro e acompanhamento dos usuários, com oferta de assistência multiprofissional com hematologista, pediatra, nutricionista, odontólogo, enfermagem, serviço social, unidade transfusional, entre outros e atende os usuários com doença falciforme por demanda espontânea para o primeiro atendimento.
A anemia falciforme pode se manifestar de forma diferente em cada pessoa. Uns têm apenas alguns sintomas leves, outros apresentam um ou mais sinais. Os sintomas geralmente aparecem na segunda metade do primeiro ano de vida da criança.
Por ser uma doença genética mais frequente no mundo, está presente em todos os continentes, e é prevalente na população negra. As diferentes formas da DF caracterizam-se por numerosas complicações que podem afetar quase todos os órgãos e sistemas, com expressiva morbidade, redução da capacidade de trabalho e da expectativa de vida, necessitando de identificação e tratamento precoce.