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Seminário discute incubação, tecnologia social e economia popular solidária na Paraíba
A Paraíba sedia até esta quarta-feira (11), no auditório do Centro de Ciências Sociais da Universidade Federal da Paraíba (CCSA/UFPB), em João Pessoa, o Seminário Incubação, Tecnologia Social e Economia Popular Solidária. Participam do evento cerca de 150 pessoas como: professores das incubadoras universitárias, empreendimentos que fazem parte das incubações, gestores públicos, pesquisadores e alunos, que estão discutindo sobre o perfil e o trabalho das incubadoras no Brasil.
O evento é uma ação da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária (Senaes) e as Redes de Incubadoras Universitárias de Economia Solidária, em parceria com o Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh). O encontro tem o objetivo de sensibilizar e promover os trabalhos das incubadoras no apoio aos grupos de economia solidária.
Durante a programação do Seminário, integrantes da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária e representantes de 10 Estados da federação participaram de roda de conversa e visitaram as experiências dos empreendimentos solidários em João Pessoa.
O secretário nacional de Economia Popular e Solidária, Gilberto Carvalho, ressaltou a importância particular do evento por congregar professores, funcionários de universidades e institutos federais de educação do país, onde fazem um trabalho de apoio à Economia Solidária. Esse apoio é fundamental, porque dão suporte técnico, de formação e ele abre caminhos e possibilidades de desenvolvimento da incubação dos empreendimentos a partir da universidade. Fizemos visitas a alguns empreendimentos aqui, fiquei impressionado com o resultado desse trabalho que está sendo feito, nesse sentido, preciso reconhecer que na Paraíba o Governo do Estado está dando um suporte muito importante para a política de Economia Solidária”, destacou.
A secretária de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), Pollyanna Dutra, na ocasião, falou sobre experiências exitosas de incubadoras sertanejas que mudaram as vidas de homens e mulheres por meio da Economia Solidária, reiterando a importância do debate sobre o tema. “Hoje eu encontro a Incubes, uma associação de incubadoras aqui na Paraíba, onde a gente pega as vocações de forma regional de pessoas e transforma em negócios que atendem a necessidade do mercado. E isso importa porque são acrescidos alguns elementos, como associativismo, cooperativismo, solidariedade, a economia solidária, e isso são práticas sustentáveis”, observou.
E salientou: “O Governo do Estado de Paraíba, juntamente com o Governo Federal e a UFPB, acredita nisso. Uma sociedade mais justa de acordo com esses princípios da divisão, da partilha e da solidariedade”.
Para a professora Ana Paula Almeida, esse é um momento fundamental para discutir a retomada de um projeto importante que é o Proninc, além de alinhamento para a construção de novas captações de recursos. “Esse evento vem mostrar o trabalho das incubadoras que é desenvolvido em todo o Brasil a partir de um diálogo com a Senaes. Então aqui a gente tem as quatro grandes redes universitárias que fazem essa ação de acompanhar e mobilizar os grupos em economia solidária. Estamos aqui para fortalecer as políticas de economia solidária nos governos federais e estaduais e as incubadoras têm um papel essencial, que é esse de estimular, assessorar e de fazer toda a formação técnica”, enfatizou a representante da incubadora tecnológica de empreendimento solidário do Instituto Federal de Educação da Paraíba (IFPB).
O secretário executivo de Segurança Alimentar e Economia Solidária (Sesaes), Roberto Beltrão, destacou a importância do seminário realizado na Paraíba, ressaltando seu caráter representativo. "É uma satisfação participar de um debate tão relevante e ver nosso estado escolhido para reunir gestores de diversas regiões, em prol da construção de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da economia solidária. Esse espaço é fundamental para discutirmos experiências de assessoramento e incubação das incubadoras universitárias, além de avaliarmos propostas de fomento que beneficiem os empreendimentos solidários", afirmou o secretário.
Diogo Ferreira de Almeida Rêgo, professor do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), disse que o evento foi construído em pouco tempo e, mesmo assim, tinha mais de 150 inscritos, o que, para ele, mostra o poder e o quanto esse debate estava represado. “Com representações de todas as regiões do país para debater sobre esse importante processo de incubação em economia solidária, também na tecnologia social, a percepção é que a gente possa amadurecer esse debate e também encaminhamento de como fortalecer as incubadoras em nível nacional. Foi muito bom voltar a Paraíba e ver que as experiências avançaram, eu acho que as incubadoras, nessa nova etapa, com um programa específico com o Proninc, tendem a fortalecer ainda mais essas iniciativas”.
Mauricio Sardá, professor e representante da Incubadora da Universidade Federal Rural de Pernambuco, falou da grande alegria de estar participando dos debates. “Importante esse diálogo entre as incubadoras com os governos, especialmente com o Governo Federal, que está retomando o Programa Nacional de Incubadoras da Economia Solidária”, avaliou.
Participaram da abertura representantes dos entes federais, estaduais e municipais, além de representantes das redes de Incubadoras (Incubes/PB), do Fórum estadual de Economia Solidária, entre outros ligados à temática.
Serviço – O Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Cooperativas (Proninc) tem por finalidade fortalecer as incubadoras tecnológicas para que desenvolvam metodologias de desenvolvimento dos empreendimentos solidários de forma a estruturá-los e acompanhá-los após o período de incubação.