Notícias

Saúde reforça orientações para o manejo clínico dos casos de arboviroses

publicado: 29/01/2021 17h16, última modificação: 29/01/2021 17h16

Para reforçar o acompanhamento de casos, bem como o manejo clínico de pacientes acometidos pelas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypt (dengue, zika e ckikungunya), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou um webnar voltado para os profissionais de saúde dos 223 municípios paraibanos. Durante a apresentação virtual, nesta sexta-feira (29), foram abordadas as particularidades de cada agravo e as especificações de tratamento. A capacitação também reforçou a importância de diferenciar os casos de arboviroses das infecções pela Covid-19, em meio a pandemia.

As arboviroses são doenças que podem levar à morte em casos mais graves, se não tratadas corretamente. De acordo com o último boletim epidemiológico da SES, em 2020 foram confirmados oito óbitos por arboviroses, sendo três deles por dengue e os outros cinco por chikungunya, em todo o estado.  A infectologista da SES, Monara Lúcio, destacou que por se tratarem de doenças tropicais, as arboviroses continuam em alta prevalência na região e que muitas vezes o quadro se assemelha ao do novo coronavírus, daí a importância de realizar um diagnóstico preciso e eficaz.

“No Brasil nós temos quatro sorotipos de dengue, um de chikungunya e outro de zika e agora temos a covid-19, onde muitas vezes as condições clínicas se assemelham, temos que usar testes diagnósticos para poder identificá-las. Ainda acontece de alguns casos de dengue serem classificados como covid-19, mas é preciso lembrar que estes pacientes vão ter a predominância de sintomas respiratórios, o que não ocorre nas arboviroses”, ressalta a infectologista. 

Ela explicou ainda que os sintomas mais comuns nos agravos transmitidos pelo Aedes aegypt são a febre, a dor de cabeça e a indisposição, além das particularidades que cada arbovirose possui, tais como: manchas vermelhas pelo corpo, inchaço e dor intensa nas articulações vermelhidão nos olhos e coceira na pele. O tratamento é feito por meio de analgésicos e da hidratação do paciente. “É preciso observar o ciclo febril e manter a hidratação com soro, água, sucos e manter o paciente em repouso, para que o quadro não evolua para a forma agravada”, finaliza. 

Durante a apresentação foi reforçada ainda a necessidade da realização de exames para confirmação dos casos e a atenção às gestantes que apresentam quadros virais. No caso das arboviroses, pode ocorrer a transmissão vertical (da mãe para o bebê), que acarreta problemas na pele da criança, ou má formação, com atrasos do desenvolvimento e problemas cognitivos. A notificação de casos de dengue, zika, ou chicungunya é compulsória, assim como óbitos suspeitos, que seguem para a investigação e monitoramento da situação epidemiológica no estado.