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Saúde realiza Seminário Estadual sobre Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais

publicado: 16/12/2018 23h00, última modificação: 16/05/2019 16h28
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A Secretaria de Estado da Saúde realiza, em parceria com o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) Materno Infantil do Hospital Universitário Lauro Wanderley, o I Seminário Estadual Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais. O evento acontece até esta terça-feira (18), no auditório da Reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

A proposta do Seminário é fortalecer a política de transmissão vertical (TV) dessas doenças na Paraíba e qualificar os profissionais e trabalhadores de saúde, tanto da atenção primária quanto dos hospitais e maternidades.

“Na Paraíba, a gente vem reduzindo consideravelmente o número de transmissão vertical, da mãe para o bebê. Infelizmente, no Brasil, crianças ainda são contaminadas com HIV através do leite materno ou na hora do parto. Aqui, nos últimos anos, em 2015 e 2016, nós conseguimos zerar esse número, ou seja, as crianças não nasceram com o vírus do HIV”, ressaltou a gerente operacional de IST/AIDS, Ivoneide Lucena.

O evento é alusivo ao Dezembro Vermelho e aos 21 anos do SAE, que é o serviço especializado para crianças e adolescentes na Paraíba. De acordo com o médico idealizador do SAE, este é um serviço referência na Paraíba, pois é o único que atende todo o estado.

“Em 97, fundamos o programa de atendimento a gestantes. Com os resultados desse serviço, ele foi transformado em um SAE familiar, no qual atende gestante, o parceiro, os filhos menores de 13 anos, crianças expostas e crianças infectadas. Hoje, estamos comemorando os 21 anos de luta, com resultados positivos. A Secretaria de Saúde do Estado é uma grande parceira nossa. Inclusive, estamos realizando um trabalho junto ao estado sobre redução da Sífilis, capacitando os 29 municípios prioritários no assunto”, comentou. 

A vice-reitora da UFPB, Bernardina Freire de Oliveira, destacou a importância de se ter eventos como o seminário para fomentar a discussão sobre as ISTs, diminuição de preconceitos e a capacitação de profissionais. “Nós não podemos permitir que a doença se instale sem que haja um serviço público gratuito e de qualidade. Eu percebo quanto as pessoas sofrem caladas ainda pela discriminação. Acredito que as pessoas só se sentem bem, mesmo acometidas com alguma doença, quando são bem acolhidas”, enfatizou.

O I Seminário Estadual Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais traz ainda análise de resultados, perspectiva para os próximos anos e discussão sobre os possíveis desafios da TV na Paraíba. “Esperamos que as pessoas saiam daqui ressignificando o trabalho delas”, finalizou Ivoneide.