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Saúde qualifica profissionais da Atenção Primária para enfrentamento das síndromes respiratórias

publicado: 12/05/2023 16h04, última modificação: 12/05/2023 16h04

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou, nesta sexta-feira (12) pela manhã, uma qualificação sobre manejo clínico das síndromes respiratórias em crianças na Atenção Primária à Saúde (APS), por meio da equipe de especialistas da Rede Cuidar, para médicos e enfermeiros dos postos de saúde de todos os 223 municípios paraibanos. Realizada de forma remota, esta é mais uma ação do Governo do Estado de enfrentamento das síndromes respiratórias, sobretudo no público infantil.

De acordo com a gerente operacional de Atenção Primária da SES, Roseanny Marques, o manejo é uma agenda mais do que prioritária e estratégica. “A agenda é importante devido à necessidade de fortalecimento das ações da Atenção Primária para o enfrentamento dos casos respiratórios no estado da Paraíba, diante do cenário observado no momento, com aumento do número de vírus identificados na síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave, bem como pelos óbitos ocorridos”, disse.

O facilitador da qualificação foi o pediatra Flávio de Melo. Ele falou sobre diagnóstico, manejo clínico dos casos leves, transmissão e grupos de maior risco - menores de 5 anos, principalmente, menores de 2 anos; maiores de 60 anos; pessoas com anemia falciforme; obesidade; diabetes; com doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas; gestantes e puérperas.

O médico ainda falou dos sintomas que os profissionais devem ficar atentos, como infecção das vias aéreas com febre; temperatura maior de 37,8 graus, por 2 ou 3 dias; calafrios; mal-estar; dor de cabeça; de garganta; tosse seca; rouquidão; conjuntivite e ainda sintomas gastrointestinais.

Quanto às formas de transmissão, alertou que bebês com idade entre zero e dois meses não devem ser visitados e que crianças com sintomas devem ficar afastadas da escola por um período mínimo de sete dias.

“É muito importante a atuação dos profissionais da Atenção Primária nesses casos, como estratégia de contenção da transmissão”, afirmou o médico, que alertou ainda quanto à importância da vacina. “Sempre há dúvidas se a criança que esteja com catarro pode ser vacinada. Pode sim, sem problema nenhum”, aconselhou.

Até essa quinta-feira (11), foram abertos 313 leitos direcionados para o atendimento das síndromes respiratórias, sendo 268 de enfermaria e 45 de UTI. Essa iniciativa do Governo do Estado é uma estratégia de suporte para o cenário atual, mas outras doenças seguem com a devida assistência nos 247 leitos pediátricos. Outros 62 leitos podem ser abertos nos próximos dias.