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Região de Princesa Isabel zera registro de homicídios no 1º semestre de 2018

publicado: 06/07/2018 00h00, última modificação: 15/05/2019 10h06

Seis meses sem assassinatos. Esse é o resultado do trabalho desenvolvido pelas Polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros na 16ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp), que abrange sete municípios paraibanos: Imaculada, Água Branca, Juru, Tavares, São José de Princesa, Manaíra e Princesa Isabel, sede da Aisp.

O número faz parte do Relatório Semestral de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) – homicídios dolosos ou qualquer outro crime doloso que resulte em morte – contabilizados durante do 1º semestre 2018 no Estado, a ser divulgado pela Secretaria da Segurança e da Defesa Social nos próximos dias. O documento produzido pelo Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace) da pasta aponta que no mesmo período do ano passado foram registrados oito assassinatos nos municípios da região de Princesa Isabel, denotando uma redução de 100% dos casos.

Ainda segundo o Núcleo, a Área de Princesa Isabel historicamente sempre teve uma taxa de homicídios inferior às demais áreas do Estado: em 2010 era de 19,8 por 100 mil hab, em 2011 no primeiro ano do programa do Paraíba Unida pela Paz caiu para 14,8 e chegou em 2015 a 9,5, sendo a única no Estado a atingir o nível de homicídios recomendado pela ONU, que é de até 10 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Em 2018, ainda que ocorram oito CVLI no segundo semestre, a taxa seria de 9,4, mais uma vez no nível da ONU. Destaca-se nesta área o município de Juru, que não registra nenhum homicídio desde novembro de 2014.

Além de Princesa Isabel, outras oito, das 22 Áreas Integradas de Segurança Pública existentes no Estado, de acordo com divisão territorial estabelecida pela Lei Complementar 111/2012 (Compatibilização de Áreas), registraram queda nas ocorrências de homicídios na Paraíba.

Elucidação de crimes – A Segurança Pública do Estado tem se destacado na prevenção e repressão qualificadas em todo o Sertão paraibano, onde dezenas de operações foram realizadas. Na cidade de Patos, de janeiro a março, foi realizada a ‘Operação EAD’, que resultou na prisão de sete pessoas e apreensão de mais de 38 quilos de material entorpecente. O objetivo foi produzir repressão efetiva, qualificada e contundente contra grupos criminosos responsáveis pela pratica de tráfico de drogas e ações violentas nas Comunidades dos Bairros Dona Milindra, São Sebastião, Vitória, Beiral, Baixo Meretrício, Placas, Salgadinho, Rua do Meio, Morro e Vila Teimosa.

Também em Patos, no ano passado, aconteceu a ‘Operação Crida’, quando foi preso Edmilson Alves dos Reis Filho, filho do prefeito de Teixeira, suspeito da prática de homicídio que teve como vítima Antônio Claudeonor Nunes, com um tiro de espingarda nas costas em uma rodovia que liga as cidades de São José do Bonfim e Teixeira, no dia 19 de julho de 2017.

A ‘Operação Al-Barã’, realizada na cidade de Sousa, prendeu o servidor do Tribunal de Justiça da Paraíba, Valdênio de Jesus Vilar Silva, e o advogado Leonardo Araújo de Sousa, ambos suspeitos de fraude em alvarás judiciais. Sete mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão foram cumpridos na cidade e em Patos, no dia 9 de maio deste ano. Segundo as investigações, os desvios podem ter chegado a R$ 1,5 milhão.

Na região de Itaporanga, em abril deste ano foi realizada a ‘Operação Resposta’, como uma resposta rápida para o assassinato do agente de investigação da Polícia Civil, Jorge Leonardo de Oliveira. Dois suspeitos foram presos e a arma de fogo utilizada para o crime foi apreendida, além de outras retiradas de circulação em consequência do trabalho policial. A ‘Operação Hemera’, que aconteceu no mês de julho, identificou 20 imóveis suspeitos de desvio e furto de energia elétrica, entre eles estabelecimentos comerciais e residências. Cinco pessoas foram presas em flagrante e outras sete foram indiciadas no mesmo crime.