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Projetos da Fundação Casa de José Américo recebem consultoria de especialista do Arquivo Público de São Paulo

publicado: 24/11/2023 17h00, última modificação: 24/11/2023 17h00
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A Fundação Casa de José Américo encerrou, nesta sexta-feira (24), a série de atividades relacionadas à consultoria recebida da paleógrafa Judie Abrahim, diretora técnica do Núcleo de Paleografia do Arquivo Público do Estado de São Paulo (Apesp). A assessoria técnica prestada pela especialista tanto atendeu a demandas específicas do projeto Manuscritos de José Américo de Almeida: Identificação e Descrição de Documentos quanto propiciou novos olhares sobre a lida com arquivos pessoais.

Desde que chegou à Paraíba, no último dia 16, Judie se reuniu com coordenadores dos projetos desenvolvidos na Gerência de Arquivos da FCJA e realizou oficinas com os servidores. Também ministrou palestras abertas a todos os interessados nos temas com os quais trabalha: A Importância da Paleografia para o Arquivista, na quarta-feira (22), na Universidade Estadual da Paraíba, e Organização de Arquivos Pessoais e seus Desafios, no auditório do Sesc Cabo Branco, na quinta (23).

A última palestra foi uma demanda da própria equipe, e acabou atraindo profissionais de outras instituições. “O trabalho com arquivos pessoais é realmente desafiante. Apresentei uma metodologia exitosa, já aplicada em outros acervos, e creio que também dará bons resultados aqui”, disse ela, que também é especialista em organização de arquivos.

Sobre os manuscritos de José Américo, a paleógrafa adiantou que a decodificação da grafia do escritor se mostra bastante promissora. “Esse acervo é uma espécie de celeiro, um roteiro da gênese literária. Nos rascunhos já decifrados do escritor, é possível identificar crônicas, dados autobiográficos e apontamentos diversos sobre literatura e política, além de anotações do cotidiano familiar, como uma receita de dieta, por exemplo. E ainda tem muito para ser estudado e identificado”, observou.

Antes de encerrar a sua participação nessas atividades, Judie destacou a riqueza do vasto acervo da FCJA e a comparou ao Instituto de Estudos Brasileiros, da Universidade de São Paulo (IEB-USP). “É o IEB da Paraíba, só que mais bonito”, brincou.

Tanto a vinda dela quanto as pesquisas que a Gerência de Arquivos está desenvolvendo são frutos de uma parceria entre a FCJA, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq) e a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties).