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Prato Cheio: pessoas em situação de rua em Campina Grande agradecem pela garantia de refeições diárias

publicado: 20/04/2021 16h34, última modificação: 20/04/2021 16h40
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A alimentação é uma necessidade básica do ser humano. Por isso, o projeto emergencial Prato Cheio, executado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), em parceria com a Arquidiocese da Paraíba, tem transformado a vida das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. Nessa segunda-feira (19), o projeto, que já é executado em João Pessoa, foi lançado em Campina Grande garantindo o fornecimento de 1000 refeições diárias, entre café, almoço e janta, para pessoas em situação de rua, que expressaram seu agradecimento pela iniciativa.

Para Felipe, que vive em situação de rua há seis anos, em Campina Grande, ter a garantia das três refeições diariamente “é uma benção de Deus”. Além dele, tem a mulher e o filho. “A gente não tem o que comer. Agradeço primeiro a Deus e segundo às autoridades que tiveram essa iniciativa”, disse ele.

Sem poder contar com a família para ajudar nesse momento difícil – que só piorou após perder o pai –, Luan Júnior comentou que está sendo gratificante esse projeto. “Somos agradecidos a Deus pelo que estão fazendo por nós. Moro na rua e não tenho o que comer”, declarou.

A mesma situação é vivida por Elaine, que agradeceu bastante poder se cadastrar num projeto que fornece alimentação diariamente. “Já faz tempo que sou moradora de rua. Antes, quando tinha dinheiro, eu comprava no restaurante popular. Agora que não tenho, receber essa comida vai ser muito bom pra mim”, ressaltou.

Jordão, que mora na rua e trabalha vendendo balas nos sinais, destacou a importância dessa ação na vida dele: “Ah show, a gente ter essa alimentação todo dia vai ajudar bastante, veio em boa hora. Saber que podemos contar com aquele alimento nos dá força para enfrentar as dificuldades e a luta pela sobrevivência”.   

Em Campina Grande, a Sedh fez parceria com o Instituto São José, entidade vinculada à Arquidiocese da Paraíba, para desenvolver o projeto emergencial Prato Cheio, que, com a pandemia, foi ampliado e atualmente fornece cerca de 3.500 refeições diárias, entre café da manhã, almoço e janta em João Pessoa, 750 em Patos e agora atende também os moradores em situação de rua de Campina Grande com 1000 refeições.

O secretário do Desenvolvimento Humano, Tibério Limeira, ressaltou que esta é uma ação importante e exitosa para a população que mais necessita em Campina Grande. “As ações de segurança alimentar têm sido fundamentais e necessárias nesse momento de pandemia, principalmente para as pessoas em situação de rua, visto que a cidade tem sofrido com a questão da fome. Temos um restaurante popular que hoje fornece 1.500 refeições e que está extremamente pressionado pela alta demanda”, comentou.

Padre Egídio de Carvalho, coordenador do Projeto Prato Cheio, disse ser gratificante ver a felicidade no rosto das pessoas que estavam recebendo a alimentação em Campina Grande.  “O que mais me chamou atenção era a pergunta deles, se iriam ter todos os dias, ou é só hoje. Aquilo mostra que aquelas pessoas que ali estavam não tinham esperança de comer todos os dias. Então essa alegria das pessoas que estavam recebendo, marca profundamente esse primeiro dia da entrega dos alimentos” enfatizou o representante da Arquidiocese da Paraíba.

A coordenadora técnica da 3ª Gerência da Sedh, Áurea Carla Duarte, destacou a necessidade de um projeto como o Prato Cheio em Campina Grande: “Com a chegada da pandemia, a gente viu o quanto a situação da fome se agravou. Decidimos fazer um cadastro com essa população de rua que não tinha o que comer todos os dias, e com a chegada desse Projeto, vamos garantir três refeições diárias, trazendo com isso, dignidade para essas pessoas. É uma satisfação muito grande, enquanto profissional, a gente contar com esse volume de ações do Governo, que cada vez mais chega perto de quem precisa. Então hoje o sentimento que tenho, enquanto técnica, é que cada vez a gente está conseguindo desfazer essa desigualdade social, essas fragilidades de grupos de indivíduos”