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Paraíba avança no cuidado às crianças com extensão da aplicação de medicamento para prematuros
A partir desta terça-feira (27), a Paraíba marca um grande avanço no cuidado com as crianças, com o lançamento da extensão do protocolo do Ministério da Saúde do Palivizumabe (imunoglobina). Ou seja, agora, o medicamento será aplicado também em crianças prematuras nascidas com idade gestacional entre 29 a 31 semanas e seis dias, a partir de janeiro deste ano vigente até seis meses de vida.
O Palivizumabe (imunoglobina) é um medicamento usado para tratamento do vírus sincicial respiratório em crianças prematuras. O lançamento e qualificação, realizados nesta terça-feira pelo Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, foram direcionados aos gerentes regionais de Saúde, aos profissionais da Assistência Farmacêutica e enfermeiros responsáveis pela administração do medicamento e contaram com as parcerias do Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/PB) e da Associação Paraibana de Pediatria.
O Ministério da Saúde já distribui esse medicamento, porém a cobertura é menor, contemplando crianças prematuras nascidas com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas, com idade inferior a um ano, e com idade inferior a dois anos, com doença pulmonar crônica da prematuridade ou doença cardíaca congênita.
A extensão vai proporcionar também, a partir do próximo mês de março, a ampliação do medicamento para o Hospital Regional de Sousa. Com isso, a Paraíba passa a ter sete polos de aplicação da imunoglobina, distribuídos nas três macrorregiões de saúde, sendo quatro em João Pessoa (Hospital Universitário Lauro Wanderley, Hospital Edson Ramalho, Maternidade Cândida Vargas e Maternidade Frei Damião); um em Campina Grande (ISEA - Instituto de Saúde Elpídeo de Almeida); um em Patos (Maternidade Peregrino Filho) e um em Sousa (Hospital Regional de Sousa).
De acordo com o secretário-executivo de Gestão de Rede de Unidades de Saúde, Patrick Almeida, a Paraíba está vivendo hoje um dia histórico com o protocolo estendido para o uso do Palivizumabe. “O Governo do Estado viu essa extensão como uma medida de saúde pública muito importante para reduzir as internações e agravamentos das crianças do nosso estado”, declarou.
Segundo a gerente executiva de Atenção à Saúde da SES, Izabel Sarmento, será realizada uma outra qualificação para a Atenção Primária, orientando quanto ao período sazonal, de maior adoecimento e acometimento das crianças, principalmente os prematuros no período de circulação do vírus. “Vamos realizar um webinário para essa qualificação para os profissionais da atenção primária e os médicos que fazem o atendimento dessas crianças em seus territórios”, informou.
O Palivizumabe já foi adquirido com recurso do tesouro estadual (mais de R$ 2,7 milhões) e será fornecido no período de fevereiro a julho desse ano, sem prorrogação, independentemente da idade do paciente. As doses devem ser aplicadas com intervalo de 30 dias no período de sazonalidade, considerando o mês de nascimento da criança. O medicamento não será disponibilizado para a aplicação a partir do mês de agosto, considerando término da sazonalidade.