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Mobilização da Sedh marca Dia Mundial do Enfrentamento do Tráfico de Pessoas em João Pessoa

publicado: 30/07/2022 13h33, última modificação: 30/07/2022 13h33
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Com a finalidade de chamar a atenção da sociedade sobre a problemática do tráfico de pessoas, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), órgão ao qual estão vinculados o Núcleo Estadual de Enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas da Paraíba (NETDP/PB) e o Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas da Paraíba (CETDP/PB), promoveu neste sábado (30), no Terminal Rodoviário de João Pessoa, uma mobilização de conscientização alusiva ao Dia Mundial ao Enfrentamento do Tráfico de Pessoas. Na ocasião, foi distribuído material informativo e educativo sobre a temática. A ação integra a campanha nacional ‘Coração Azul’.

Francisca Fernandes Vieira, diretora do Sistema Único de Assistência Social da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social, destacou a importância da temática. “Em menos de uma hora que estivemos aqui, várias pessoas nos procuraram dizendo que foram vítimas do trabalho escravo na juventude e conseguiram se libertar; pessoas que perderam familiares que estão desaparecidos e pode ter sido para o tráfico humano. Então isso só demonstra a importância dessa mobilização de sensibilização da sociedade paraibana para alertar do perigo e do crime que é o tráfico de pessoas”, comentou.

O odontólogo Rony Sousa, de Natal (RN), considerou a ação extremamente importante, devendo servir de exemplo para outros estados. “É importante esse tipo de campanha para que a gente acorde para uma realidade que se faz presente no dia a dia.  É um assunto que passa despercebido. A maioria das pessoas não olha o que está acontecendo em sua volta, são apenas pessoas que estão transitando, umas vão e outras vêm e ninguém imagina que ali pode estar acontecendo um crime”, observou.

Para Maria do Céu Palmeira, ouvidora da Defensoria Pública da Paraíba, que estava participando da mobilização, “é muito importante que todo esse núcleo do Estado esteja mobilizando toda a sociedade para essa pauta que merece um olhar da sociedade. O tráfico de pessoas já vem de um contexto bem antigo e precisa ser cuidado”.

A assistente social Vanessa Aguiar, que estava embarcando, comentou sobre a visibilidade da ação. “Parabenizo a mobilização e sugiro que uma atividade como essa, seja expandida, principlamente em áreas de fronteiras, por tratar-se de um assunto pouco divulgado e debatido entre as pessoas”, disse.

Conforme dados do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, divulgado pelo Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB), em 18 anos, de 2003 a 2021, cerca 550 paraibanos foram resgatados de condições análogas à escravidão em vários estados do País. 

Na Paraíba, de acordo com os dados do NETDP/PB e da COETRAE/PB, desde 2019, 43 pessoas foram resgatadas em municípios paraibanos vítimas de trabalho análogo à escravidão. As vítimas foram localizadas no Sertão Paraibano, mais especificamente em Assunção, Tavares, Salgadinho, Juru, Manaíra, Brejo do Cruz e São Bento. 

A maioria das vítimas são homens jovens, negros, agricultores com pouca ou nenhuma escolaridade, em situação de extrema vulnerabilidade, motivadas por diversas questões sociais. Em função disso, constata-se que a pobreza, o analfabetismo, o desemprego, o racismo e os conflitos fundiários são uma das principais causas do trabalho escravo e tráfico de pessoas.

Serviço: 

Em toda a Paraíba, a população conta com os serviços do NETDP e o CETDPno Enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas, que atuam nos eixos de prevenção, articulação da rede de repressão e assistência às vítimas dos crimes de tráfico, desaparecimento de pessoas e trabalho análogo a escravidão. Para mais informações acesse o e-mail: comiteetppb@gmail.com

Há ainda o Disque 123, que é um canal de denúncia próprio do Estado, que visa atender pessoas em situação de risco, violência e violação de direitos. Trata-se de uma ferramenta com abrangência nos 223 municípios paraibanos. Para denunciar, ligue 123.