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Maternidade Frei Damião disponibiliza atendimento humanizado que resguarda direitos da mulher
O Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quinta-feira (08), normalmente é lembrado por comemorações em instituições de todo o país, porém muito além de cerimônias é uma oportunidade para lembrar as conquistas e os direitos adquiridos pela mulher ao longo da história e da vivência social.
Para a diretora técnica da unidade de saúde, Morgana Queiroga, “o 8 de março representa um momento histórico das lutas e conquistas da classe feminina, que dia a dia tem conquistado espaços importantes no contexto social. É também uma oportunidade para refletirmos sobre o que já foi conquistado, a exemplo, do direito ao voto, a conquista de espaços no mercado de trabalho, ao parto humanizado, mas também aproveitar o espaço para refletir sobre os tabus, preconceitos e dificuldades que ainda existem”, ressaltou.
Dentro desse contexto, a Maternidade Frei Damião, que compõe a rede estadual de saúde, lembra alguns temas importantes, que ainda são pouco discutidos pela sociedade, mas que representam conquistas e avanços importantes quando o assunto é ofertar uma assistência humanizada para a mulher durante o pré-natal, parto e pós-parto.
O serviço proporciona, além da educação continuada dos profissionais que compõem a instituição, uma variedade de serviços que possibilitam um atendimento qualificado e assistência humanizada, resguardando consequentemente a proteção de direitos de todas as mulheres que chegam à porta de entrada da maternidade.
Seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde, entre as ações da maternidade que proporcionam a saúde da mulher, combate à violência obstétrica e a redução da mortalidade materna, destacam-se o direito ao acompanhante durante e após o parto, com o objetivo de oferecer um maior conforto e segurança para a mulher, serviço de planejamento familiar, pré-natal para gravidez de alto risco, ações de segurança para prevenir os eventos adversos durante o atendimento e internação da paciente, assistência durante a amamentação, em parceria com o Banco de Leite Humano Anita Cabral, a redução de procedimentos invasivos, a exemplo, do exame de toque, além de outras medidas.
Somado as ações, outro aspecto que merece destaque é o trabalho diário da unidade de saúde em reduzir o número de partos cesáreas em consonância com as normas da Organização Mundial de Saúde, que tem por objetivo reduzir as medicações, como a ocitocina e o uso desnecessário de algumas intervenções médicas no parto, para maximizar a capacidade de a mulher dar a luz, influenciando de forma positiva sua experiência no momento do parto, além de resultar em melhores práticas médicas.
Balanço de 2017: No ano anterior, a Maternidade Frei Damião ultrapassou os 14 mil atendimentos. De janeiro a novembro, foram registrados 14,2 mil atendimentos, destes 3,3 mil partos realizados, sendo 60% natural e 40% cesárea.
Destaque na saúde pública do Estado: A maternidade tem prestado relevantes serviços às mulheres e aos bebês paraibanos, sendo referência no atendimento às gestantes de alto risco e às mulheres vítimas de violência sexual.
Em reconhecimento aos trabalhos e ações pela universalização do acesso e qualificação dos serviços de saúde da mulher, foi contemplada, em julho do ano passado, com o Diploma de Menção Honrosa – Prêmio Dr. Pinotti – Hospital Amigo da Mulher, concedido pela Câmara dos Deputados, por intermédio do deputado federal Luiz Couto.
Referência – A unidade de saúde existe há 30 anos e é referência para os 223 municípios paraibanos e ainda atende cidades pertencentes a estados vizinhos, a exemplo, do Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Estrutura – A Maternidade Frei Damião conta com 57 leitos, entre eles 36 obstétricos, distribuídos em nove enfermarias, seis de Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (Utin), cinco de Unidade de Cuidados Intermediários Convencional (UCINCo), quatro de Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca) e seis de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI materna).
Sobre a data 8 de março:
No século 19, organizações femininas resultantes de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os baixos salários inseridos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho.
Em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o “8 de março” foi reconhecido oficialmente pela ONU. Mais do que uma comemoração feminina, essa data tem por objetivo discutir o papel da mulher na sociedade atual.