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Investimentos na compra de medicamentos extra-SUS crescem 30% na Paraíba
Os investimentos para aquisição de medicamentos não incorporados no Sistema Único de Saúde (SUS) realizados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), registraram um aumento de 30% em 2019 em relação ao ano anterior. Enquanto em 2018 foram investidos R$ 54,6 milhões na compra desses medicamentos, no ano passado os valores subiram para R$ 71,4 milhões.
Destaque para o aumento da compra de medicamentos oncológicos (especialmente para a oncohematologia). O chefe do Núcleo de Assistência Farmacêutica, Felipe Santos, explicou que os custos dos tratamentos da oncologia têm aumentado muito. Além dos custos, outro importante fator está relacionado com o envelhecimento da população e, consequentemente, cresce a incidência de câncer.
“Mesmo com toda dificuldade em licitar, conseguimos adquirir muitos medicamentos via processos emergenciais. Em 2019, a Paraíba investiu R$ 41,6 milhões em medicamentos oncológicos, o que representa 62,48% de todos os medicamentos não incorporados ao SUS. Um aumento de 44,27% se comparado ao ano anterior”, informou Felipe.
Também houve um aumento expressivo no custeio da Esclerose Múltipla (EM), pois a compra de medicamentos cresceu um total de 185% com relação ao ano de 2018. “Atualmente, o SUS possui um amplo acesso a medicamentos para EM. Devido ao custo elevado dos tratamentos para essa linha de cuidado, a responsabilidade do financiamento é do Ministério da Saúde. Porém, em alguns casos, os pacientes podem ter refratariedade ou contraindicações aos tratamentos disponíveis no SUS, necessitando, portanto, de alternativas terapêuticas que evitem a evolução da doença. Todo esse cuidado aos pacientes é realizado juntamente ao Centro de Referência em Esclerose Múltipla, com sede na Funad”, disse Felipe Santos.
Ênfase, ainda, nos investimentos em osteoporose e no crescimento de financiamento com doenças dermatológicas, como a epidermólise bolhosa, dermatite atópica e urticária crônica espontânea.
“Para este ano, existe a perspectiva de crescimento desse custeio. Mas temos focado os esforços em qualificar ainda mais o acesso a medicamentos, instituindo protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas que estabeleçam critérios para tal”, pontuou o chefe do NAF.