Notícias

Intelectuais e estudantes participam de seminário da Fundação Casa de José Américo

publicado: 21/10/2024 18h32, última modificação: 21/10/2024 18h32
1 | 3
Fotos: Ademilson José
2 | 3
3 | 3
matéria-21-10-2024-seminário-carlos-dias-Foto-1 Divulgação.jpeg
matéria-21-10-2024-seminário-carlos-dias-Foto-2 Divulgação.jpeg
matéria-21-10-2024-seminário-carlos-dias-Foto-3 Divulgação.jpeg

Com o auditório ocupado por intelectuais e estudantes da Escola Municipal Ana Cavalcanti, de Mamanguape, a Fundação Casa de José Américo (FCJA) realizou, na manhã desta segunda-feira (21), um seminário em homenagem ao sesquicentenário de nascimento do jornalista, poeta e escritor mamanguapense Carlos Dias Fernandes.

Aberto pela professora Lúcia Guerra, gerente executiva de Documentação e Arquivo da FCJA, o evento aconteceu no Auditório Juarez da Gama Batista e contou com três palestras sobre a vida e obra do homenageado. A primeira foi proferida pela escritora Maria das Graças Santiago, da Academia Paraibana de Letras (APL), seguida pelo desembargador Marcos Cavalcanti e pelo também escritor Adiel Alves Rodrigues.

Antes de sua fala, o desembargador Marcos Cavalcanti fez a doação de vários livros produzidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) para distribuição entre os presentes. Também ele aproveitou o seminário para divulgar dois documentos históricos: cópias dos atestados de nascimento de Carlos Dias e do advogado João Dantas, autor dos disparos de revólver que matou o ex-presidente João Pessoa. Os documentos comprovam que os dois são naturais de Mamanguape e não da cidade de Teixeira, como alguns textos históricos registram, principalmente em relação a João Dantas.

Pouco reconhecido e reverenciado na Paraíba, Carlos Dias Fernandes nasceu no dia 20 de setembro de 1874. Lançou mais de 40 livros e, quando superintendente do jornal e da editora A União, foi ele quem conduziu e lançou ‘A Paraíba e Seus Problemas’, uma das principais obras do escritor e político José Américo de Almeida.

 

Além da forte dedicação à literatura e à advocacia, Carlos Dias também foi um dos primeiros expoentes do vegetarianismo e dos direitos dos animais na Paraíba e no Brasil. Circulou por redações de jornais em São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará. Entre seus principais livros estão ‘Proteção aos Animais’, ‘Vegetarianismo’ e os romances ‘Cangaceiros’ e ‘Fretana’.

 

Carlos Dias morreu aos 68 anos, no dia 9 de dezembro de 1942. É patrono da Academia Paraibana de Letras (APL) que, no evento realizado na FCJA, foi representada por vários dos seus atuais integrantes, entre eles o presidente da entidade, o escritor Ramalho Leite.