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Hospital Metropolitano registra primeira captação de coração da unidade de saúde
O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), em Santa Rita, realizou, nessa quarta-feira (28), a primeira captação de coração da unidade de saúde. Além do coração, o hospital também fez a captação de múltiplos órgãos, a segunda de 2023.
De acordo com a Central Estadual de Transplantes, essa foi a sexta doação de coração do ano na Paraíba, aumentando em 100% o número de doações de coração em comparação com o ano passado. Só no Metropolitano, três corações foram transplantados este ano.
O paciente doador foi um homem de 45 anos, que estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Metropolitano, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Metropolitano, Patrícia Monteiro, os órgãos foram disponibilizados para doação pela família, após a confirmação da morte encefálica do paciente, definida através de um rigoroso protocolo realizado em três etapas de exames clínicos e de imagem por diferentes profissionais.
“Sem o ‘sim’ da família, esta doação não teria sido possível. Por isso, a gente é imensamente grata a essas pessoas que, por meio desse ato de amor, de solidariedade, mesmo após a morte de um ente querido, contribuíram para salvar a vida de outras pessoas, que agora saíram da fila de transplantes”, explicou Patrícia.
Para homenagear o doador e também agradecer à família pela doação, profissionais que atuam no Hospital Metropolitano fizeram um corredor humanizado, aplaudindo o paciente desde a saída da UTI até a entrada do bloco cirúrgico. “É uma forma de mostrar para a família o cuidado humanizado que a gente tem com nossos pacientes, a empatia que a gente tem, e também a gratidão”, contou Patrícia Monteiro.
O procedimento de captação dos órgãos terminou no fim da noite e, além do coração, foram doados também o fígado, os rins e as córneas. O coração foi o primeiro órgão a ser levado para o hospital transplantador, em um carro do Corpo de Bombeiros escoltado por uma viatura da Polícia Rodoviária Federal. O receptor foi um homem de 50 anos. O fígado e os rins também foram doados para pacientes na fila de transplante em João Pessoa, já as córneas foram encaminhadas para o Banco de Olhos da Paraíba, e vão ser transplantadas posteriormente.
Ainda segundo Patrícia Monteiro, essa captação de múltiplos órgãos, em particular, representa um marco para o Hospital Metropolitano. “É a nossa segunda captação do ano e a primeira captação de coração da história do hospital. Isso só mostra o quanto a gente está avançando na linha do transplante cardíaco. Para o Metropolitano, que é referência em cirurgia cardíaca, é um momento histórico”, completou.
Para a diretora da Central Estadual de Transplantes, Rafaela Dias, o avanço nos números conquistados pelo estado reflete a sensibilidade das famílias doadoras, aliada aos investimentos feitos na equipe através de treinamentos e capacitações.
“A Central de Transplantes da Paraíba continua trabalhando arduamente para sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos e, ao mesmo tempo, garantir uma logística eficiente para o sucesso desses procedimentos. Cada doação é um passo em direção a um futuro mais promissor e saudável para aqueles que estão na lista de espera”, destaca.