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Hospital Edson Ramalho realiza cirurgias urológicas com métodos minimamente invasivos

publicado: 27/08/2024 10h21, última modificação: 27/08/2024 10h27
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O Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER) iniciou a realização de cirurgias urológicas com adoção de métodos endoscópicos minimamente invasivos. A unidade hospitalar, gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) em João Pessoa, compõe o rol de referência da rede estadual, ofertando três tipos de cirurgias para retirada de cálculo renal: nefrolitotripsia percutânea e ureterolitotripsia rígida e flexível. Com a utilização de equipamentos tecnológicos, o paciente pode ter alta em até 24 horas, sendo beneficiado com uma recuperação mais rápida.

De acordo com o coordenador de Urologia, Rafael Arruda, o hospital passou a adotar os métodos mais avançados, que são os endoscópicos, com uso de tecnologia a laser na fragmentação e remoção dos cálculos renais. As técnicas permitem exterminar cálculos em áreas de difícil acesso, que demandavam cirurgias com grandes cortes, cujo período de recuperação poderia chegar a 60 dias.

“O aparelho entra pela uretra, acessando o ureter, que é o canal que liga a urina do rim até a bexiga e, durante o percurso do ureter, destrói os cálculos que existam no trajeto. Também é possível acessar os cálculos que obstruem os rins. A potência do laser será de acordo com o tamanho e a rigidez do cálculo renal”, explicou Rafael Arruda.

O paciente Eduardo Rodrigues foi um dos primeiros a ser operado com os novos métodos cirúrgicos. Ele chegou ao Edson Ramalho, no último sábado (24) com dores em decorrência de cálculos renais, e já foi operado nesta segunda-feira (26). “Eu estava com dores há alguns dias e tinha tratado com medicações, em outra unidade hospitalar, mas após as medicações eu era enviado para casa. O problema é que as dores voltavam em algumas horas. Daí, decidi procurar atendimento na Urgência do Edson Ramalho”.

Segundo Eduardo Rodrigues, tudo aconteceu muito rápido, entre a avaliação médica e a cirurgia. Poucas horas após o procedimento, ele já estava lúcido e na companhia da esposa, na enfermaria. “Todo o atendimento que recebi aqui foi muito bom, entre todos os profissionais. E agora, com essa cirurgia sem cortes, eu espero receber alta logo para voltar para casa”, afirmou.

Para o diretor-hospitalar do Edson Ramalho, Cícero Ludgero, as novas práticas cirúrgicas representam um grande avanço na urologia, colocando a unidade hospitalar como referência do Sistema Único de Saúde (SUS), no estado da Paraíba. “Constatamos que há uma demanda dos pacientes por essas cirurgias, e estamos dando essa resposta, garantindo, com essas tecnologias, conforto cirúrgico, uma recuperação mais rápida, e um retorno mais veloz às atividades do cotidiano”, pontuou.

Já o superintendente da PB Saúde, Alexandre Bento, enfatizou que as melhorias no HSGER são reflexo do esforço da Fundação em prestar uma assistência com cada vez mais qualidade à população paraibana. “Não se trata apenas de investimentos em novos equipamentos. Nós investimos nas pessoas, possibilitando a realização de procedimentos mais seguros e que acarretem em uma pronta recuperação dos pacientes”, comentou.

ProcedimentosSegundo o urologista Rafael Arruda, o tipo de cirurgia será conforme a localização do cálculo no corpo do paciente. Quando o cálculo está próximo ao rim, o procedimento indicado é a nefrolitotripsia percutânea, no qual é feita uma pequena incisão na região dorsal para acessar o rim com um nefroscópio dotado de câmera e fragmentar os cálculos. O método é recomendado nos casos de cálculos de grande tamanho e espessura.

 Já as ureterolitotripsias são cirurgias ainda mais modernas e sem corte algum, segundo o coordenador da Urologia do HSGER. Elas podem ser rígidas ou flexíveis (o tipo de aparelho utilizado pela equipe médica na cirurgia será definido conforme as necessidades clínicas do paciente).

“Com esses métodos, há um prejuízo bem menor à função renal do paciente. Evitamos o corte do rim para retirada do cálculo, considerando que um corte ocasionaria uma atrofia no local. Portanto, o sangramento é bem menor. No caso de um paciente masculino, por exemplo, o aparelho passa pela uretra, o que não representa incômodo, já que é mais fino do que uma sonda, para fragmentar os cálculos, que serão eliminados naturalmente”, relatou.

Como ter acesso - No HSGER, as consultas ambulatoriais de Urologia ocorrem por meio da Central de Regulação, com o fluxo iniciando na unidade de saúde da família do município do paciente. Contudo, os pacientes podem ser atendidos na Urgência, conforme o quadro de saúde. No HSGER, o médico avalia a necessidade da realização da cirurgia.