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Hospital de Trauma de João Pessoa qualifica profissionais da assistência

publicado: 04/07/2018 00h00, última modificação: 15/05/2019 09h25

Pensando na troca de experiências entre os profissionais da assistência, o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, realizou a palestra Assistência Multidisciplinar ao Paciente Não Cooperativo, em que abordou as situações de pacientes mais estressados com as interfaces da Psiquiatria. O evento faz parte do programa de Educação Continuada da unidade hospitalar.

Para o gerente médico da instituição, Fagner Dantas, um paciente descompassado pode tumultuar a equipe multidisciplinar de um hospital. “Uma pessoa irritadiça (termo utilizado na psiquiatria) pode agitar o ambiente de trabalho e contaminar a equipe profissional, com relação à qualidade da assistência prestada a ele. Mas, sabemos que este paciente não pode sofrer, temos que lembrar que ele está fragilizado e revoltado, por exemplo, por uma perna que foi amputada, por isto, a equipe precisa ter maturidade suficiente e não absorver essas agressões”, frisou.

Fagner Dantas ainda destacou que temos que tratar o paciente da melhor forma possível. “Toda equipe multiprofissional tem que ter preparo psicológico para enfrentar este paciente e tratá-lo bem, ou seja, enfrentando a situação de forma inteligente, educada e altruísta, sabemos que aquelas agressões não são para os profissionais e sim para situação”, esclareceu.

Segundo o psiquiatra e palestrante, Maximiliano Pucci, os motivos que levam um paciente a tornar-se mais rebelde muitas vezes consiste em uma ruptura do seu processo vital, como ele vai reagir a uma nova situação na vida, por isso a importância da equipe multiprofissional saber como lidar neste momento emotivo e cheio de medos, traumas e dores.

A palestra faz parte do programa de Educação Continuada do Hospital de Trauma, que visa qualificar os profissionais, para prestar uma assistência com excelência. De acordo com gerente médico, o evento permitiu a troca de experiências de profissionais que atuam na área e abertura de diálogo. “A gente saiu do espaço universitário que era só teoria e estamos na prática, ninguém aprendeu na faculdade como lidar com um paciente rebelde, e só vamos melhorar a qualidade da assistência através da troca de experiência, com quem cuida e com especialista na área”, completou.