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Hospital de Clínicas abre atendimento odontológico para pessoas com necessidades especiais
O Hospital de Clínicas de Campina Grande realizou, nesta segunda-feira (19), a primeira cirurgia odontológica sob anestesia geral em paciente com necessidades especiais. A cirurgia de alta complexidade, que durou mais de 5h, foi feita em uma paciente de 14 anos, para retirada de nove dentes supranumerários inclusos – “dentes a mais”.
De acordo com a diretora do HCCG, a médica Vivian Rezende, serão atendidos pacientes com autismo, síndrome de Down, paralisia cerebral, portadores de várias síndromes, além de atendimentos de casos raros. “Serão realizados todos os procedimentos odontológicos necessários. Independente de idade, iremos atender todos aqueles pacientes com necessidades especiais e casos adversos que não tenham condições de um atendimento em ambulatório”, informou a diretora.
Francinalda de Lima Justino, mãe da paciente, soube que a filha tinha dentes inclusos quando a médica analisou uma panorâmica (raio-X panorâmico) e informou que a sua filha precisaria fazer uma cirurgia. Após a tomografia, Francinalda ficou sabendo que a cirurgia estava orçada em mais de R$ 5 mil. A mãe explica que os dentes da filha não caíram como das outras crianças. “Na semana passada, Ingrid começou a sentir muitas dores, ela não estava conseguindo comer nada, só estava conseguindo beber água. Com essa cirurgia, ela não vai mais sentir dor. Eu também estava com medo do rosto dela ficar deformado devido a quantidade de dentes. Agora, eu creio que vai melhorar depois dessa cirurgia. Parecia uma coisa impossível, onde a gente ia o povo dizia ‘não, o caso dela é raro, não tem quem faça nem onde faça’. Uma mãe escutar isso e não poder fazer nada, só quem é mãe que sabe”, relatou.
Para a médica Jordana Medeiros, o atendimento no Hospital de Clínicas de Campina Grande para pessoas com necessidades especiais é uma terceira via de atendimento a pacientes adultos ou crianças, que tenham alguma complicação sistêmica, a pacientes que tenham autismo, paralisia cerebral, síndromes, deficiências, ou qualquer outro empecilho sistêmico que impossibilite o atendimento em ambulatório. “É mais um serviço realizado pelo Governo do Estado, com o diferencial de que esses pacientes não podem ser atendidos em um consultório comum, por isso trazemos eles para anestesia geral, centro cirúrgico e, então, realizamos todos os procedimentos em uma única sessão, melhorando a qualidade de vida desse paciente, garantindo uma assistência odontológica completa”.