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Governo orienta gestoras de políticas para mulheres sobre prevenção para grávidas e puérperas

publicado: 17/04/2020 17h17, última modificação: 17/04/2020 17h17

Gestoras municipais de políticas públicas para mulheres da Paraíba e profissionais de saúde estão recebendo orientações do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana e pelo Comitê Estadual de Enfrentamento da Mortalidade Materna e o Grupo Condutor Estadual da Rede Cegonha, sobre os procedimentos de prevenção dos atendimentos, monitoramento e encaminhamentos das mulheres grávidas e puérperas no período de pandemia da Covid-19.

Segundo o Ministério da Saúde, ainda não há confirmação científica que comprove a ocorrência da transmissão vertical (mãe transmite para o bebê durante a gravidez) da Covid-19, mas as gestantes estão, atualmente, no grupo de risco para infecções respiratórias, dentre elas H1N1, razão pela qual devem tomar precauções preventivas para todas as doenças respiratórias, incluindo a vacina contra a H1N1. 

Conforme a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura, as recomendações gerais são repassadas em  reuniões de videoconferência com as gestoras voltadas para gestantes, lactantes e mães de bebês de até 24 meses, como lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel; evitar tocar os olhos e a boca; proteger o nariz e a boca com o antebraço ou lenços ao tossir ou espirrar; evitar aglomerações, especialmente se estiver com sintomas gripais; para as infectadas com o novo coronavírus, manter o isolamento de 14 dias; e não procurar postos ou hospitais se não apresentar sintomas, pois isso evita qualquer tipo de contaminação. 

As mulheres grávidas que já apresentam doenças respiratórias devem ser tratadas como prioridade máxima e as que estão com síndrome gripal deverão ter suas consultas e exames de rotina adiados em 14 dias, e, quando necessário, serem atendidas em local isolado das demais pacientes. 

“É importante destacar que o reagendamento de consultas e exames deve ser realizado em tempo hábil, a fim de não prejudicar o seguimento do pré-natal; também é recomendado que seja realizada a ultrassonografia morfológica no segundo trimestre em mães com infecção Covid-19, especialmente para acompanhar a formação e o crescimento fetal”, afirma Lídia Moura. 

Para as lactantes, a amamentação também deve ser estimulada, pois não há evidências de transmissão durante a amamentação, mas é necessário que se utilizem de máscara como forma de proteger o bebê das gotículas de saliva que possam ser transmitidas da mãe, caso aparente sintomas ou infecção, para o filho.

Formações Técnicas - A Paraíba vem realizando ações específicas para prevenção nos atendimentos das mulheres grávidas e puérperas no período de pandemia do Covid-19, por meio do Comitê Estadual da Crise e do Comitê Estadual de Enfrentamento a Mortalidade Materna. O Grupo Condutor Estadual da Rede Cegonha tem promovido formação técnica on-line e a Maternidade Instituto Saúde Elpídio de Almeida - ISEA, referência para o atendimento das mulheres da região de Campina Grande, criou o protocolo de atendimento aos pacientes suspeitas/confirmadas com Covid-19 , elaborado pela médica Melânia Amorim.