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Governo do Estado distribui mais de 1 milhão de preservativos durante o carnaval

publicado: 30/01/2018 23h00, última modificação: 07/06/2019 11h45
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Buscando trabalhar a prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis, a Secretaria de Estado da Saúde (SES/PB) está preparando ações para o período de carnaval. De acordo com a Gerência Operacional das IST/Aids e Hepatites Virais, além da distribuição de folders e material informativo para os foliões, serão distribuídos um milhão e meio de preservativos masculinos e 100 mil sachês de gel lubrificante em todo o estado. Este material é enviado para as Gerências Regionais de Saúde, que fazem a distribuição em seus municípios.

A gerente estadual de IST/Aids e Hepatites Virais, Ivoneide Lucena, alertou para o aumento dos casos de Aids na população jovem e a importância do uso do preservativo. “Precisamos alertar a população jovem que existe um grande risco de pegar alguma DST e/ou mesmo o HIV, uma vez que não podemos dizer apenas pela aparência de uma pessoa se ela tem ou não essas doenças. O jovem não se vê como uma pessoa que corre riscos e com essa compreensão acaba nas relações sexuais não tendo o cuidado com o uso da camisinha. Dessa forma cada dia estamos nos deparando com mais jovens de 15 a 24 anos sendo diagnosticados com HIV ou Aids aqui no estado”, disse Ivoneide.

Ela falou sobre a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais, lembrando que em 2017 foram registrados na Paraíba 557 casos de HIV e 296 de Aids.  “A festa potencializa o uso de bebidas alcoólicas e aumenta as possibilidades de ‘ficar’ com outras pessoas, e é nesse momento que a vulnerabilidade aumenta e acabam fazendo sexo sem camisinha, se colocando em risco. A população jovem tem a ideia errônea que a Aids não mata, o que não é verdade”, disse.

Segundo Ivoneide, nos dias pós-carnaval muitas pessoas acabam recorrendo aos serviços de saúde em busca da PEP (Profilaxia Pós Exposição). É importante ressaltar que a PEP é um tratamento de 28 dias e não dispensa o uso do preservativo. “Devemos frisar que a PEP deve ser iniciada até 72 horas pós-exposição ao vírus. Esse tratamento preventivo poderá ser acessado junto às pessoas que passaram por uma situação de risco com (fez sexo sem camisinha ou a camisinha estourou) ou sem permissão (estupro)”, explicou.

A gerente estadual de IST/AIDS explicou que, para combater o preconceito que ainda existe, informação é primordial. “Na Paraíba muita gente ainda não se cuida, não se previne, tem relações sexuais sem camisinha. Para mudar isso é preciso de informação. As pessoas devem se informar, ler sobre o assunto. Hoje o acesso à informação está mais fácil, com a internet e todas as campanhas educativas. Então não é pra ter vergonha ou medo de falar no assunto, de perguntar. É importante ter informações seguras para se prevenir, se cuidar para se manter saudável”, concluiu Ivoneide Lucena.