Notícias

Governo da Paraíba lança Salão do Artesanato Paraibano e apresenta novidades para sua 37ª edição em homenagem aos quilombolas

publicado: 09/01/2024 16h40, última modificação: 09/01/2024 16h40
1 | 7
Fotos: José Marques
2 | 7
3 | 7
4 | 7
5 | 7
6 | 7
7 | 7
WhatsApp Image 2024-01-09 at 16.37.23 (1).jpeg
WhatsApp Image 2024-01-09 at 16.37.23.jpeg
WhatsApp Image 2024-01-09 at 16.37.24 (1).jpeg
WhatsApp Image 2024-01-09 at 16.37.24 (2).jpeg
WhatsApp Image 2024-01-09 at 16.37.24 (3).jpeg
WhatsApp Image 2024-01-09 at 16.37.24.jpeg
WhatsApp Image 2024-01-09 at 16.37.25.jpeg

O Governo da Paraíba realizou, na manhã desta terça-feira (9), em João Pessoa, o lançamento do 37° Salão do Artesanato Paraibano, que homenageará a riqueza artesanal dos quilombolas, com o tema "Quilombo, Arte à Flor da Pele". Na ocasião, foram apresentadas à imprensa as novidades desta edição, como a megaestrutura inédita e algumas atrações culturais do evento, que terá nomes como Sandra Belê, na abertura, Nathalia Bellar e Escurinho. A 37ª edição do Salão do Artesanato Paraibano, realizado em parceria com o Sebrae-PB, será aberta nesta sexta-feira (12) e prosseguirá até o dia 4 de fevereiro, no estacionamento do Hotel Tambaú, na Orla da Capital.

A primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, ressaltou que a homenagem do Salão do Artesanato às comunidades quilombolas representa a política de valorização do Governo da Paraíba às minorias. "Quando fizemos as visitas técnicas aos quilombos, eu senti que eles estavam carentes, precisando de apoio. E o governador João Azevêdo, com o Sebrae, teve a sensibilidade de homenagear o rico artesanato dos quilombos, uma homenagem muito bem merecida. Com certeza, será um grande Salão, principalmente para os quilombolas,  que terão grandes resultados em breve", disse. 

 "Ainda na primeira gestão, o governador João Azevêdo atendeu um desejo antigo dos artesãos e artesãs, que queriam a realização do Salão na orla de João Pessoa. E hoje estamos aqui, num espaço amplo, ao lado do Hotel Tambaú, um lugar histórico, muito privilegiado", prosseguiu Ana Maria Lins.

 A segunda-dama Camila Mariz externou o sentimento de felicidade com a homenagem do Salão às comunidades quilombolas. "O Salão é o apogeu de um trabalho realizado pela equipe do PAP ao longo do ano. Eu tive a oportunidade de conhecer esse trabalho, visitar os quilombos e entrar em contato com a realidade das pessoas, pois eu acredito que é isso que faz a diferença. A homenagem às comunidades quilombolas é um momento de trazer esse resgate da história, da arte e de fomentar a economia", comentou.

A secretária de Estado do Turismo e Desenvolvimento Econômico (Setde), pasta à qual o PAP é vinculado, Rosália Lucas, destacou a oportunidade de geração de renda trazida pelo Salão. "Neste ano, de forma muito especial, estamos numa área que é o epicentro do turismo, o Hotel Tambaú, local de intenso fluxo de turistas e também de paraibanos. No edital público, tivemos mais de 900 inscrições, o que já demonstra o sucesso do 37° Salão do Artesanato Paraibano, segmento que tem recebido políticas públicas na gestão do governador João Azevêdo, para que seja fortalecido ainda mais", observou. 

Já a secretária da Mulher e Diversidade Humana, Lídia Moura, ressaltou a importância da homenagem do Salão do Artesanato para as comunidades quilombolas. "As comunidades quilombolas são um patrimônio da Paraíba, que têm pertencimento, que têm uma história — nós temos registro de quilombo, como o de Livramento, lá em São José de Princesa, desde o século 17. E estamos muito felizes em ver que toda essa história, por meio do artesanato, será contada aqui no Salão. Isso é, antes de tudo, resultado de uma política de inclusão que só se fortalece na gestão do governador João Azevêdo", afirmou. 

 O diretor administrativo-financeiro do Sebrae-PB, Neto Franca, disse que a parceria com o Governo da Paraíba tem se fortalecido ao longo do tempo pelos resultados obtidos. "A realização de um evento como o Salão do Artesanato, que ocorre duas vezes por ano — em janeiro em João Pessoa e em junho em Campina Grande — representa uma grande oportunidade de os empreendedores estarem apresentando seu trabalho neste importante espaço. E é justamente essa confluência de objetivos que deixa felizes todos que fazem o Sebrae-PB, essa parceria com o Governo do Estado", acrescentou. 

 O lançamento do 37° Salão do Artesanato Paraibano foi prestigiado ainda pelos seguintes auxiliares do Governo do Estado: Fábio Barros (Comunicação Institucional); Cristiana Almeida (Mulher e Diversidade Humana); Fabrício Feitosa (Empreender-PB); Naná Garcez (EPC); Ferdinando Lucena (PBTur); Késsia Liliana (Pronon-PB); Pollyanna Dutra (Desenvolvimento Humano); Janete Rodriguez (PAP); Bia Cagliani (Funesc), entre outros.

Ainda estiveram presentes João Bosco, secretário de Desenvolvimento e Trabalho da prefeitura de João Pessoa; a vereadora de Campina Grande Eva Gouveia; e os empresários Gustavo e André Amaral (Anpar Hotelaria), entre outras lideranças.

Expectativa à flor da pele — Durante o evento, era grande a expectativa dos artesãos para o 37° Salão do Artesanato — sentimento compartilhado tanto entre os artesãos quilombolas, os grandes homenageados, como artesãos de outras tipologias. A localização privilegiada e a ampliação do espaço são fatores apontados para que eles nutram boas expectativas. 

Gileide Ferreira é presidente da Associação Louceiras Negras da Serra do Talhado, em Santa Luzia, no Sertão paraibano. "Mal acredito que o dia está chegando. É um sentimento de valorização que temos com essa homenagem. Através de nossas peças, vamos trazer pra cá parte importante da nossa história, do nosso  povo. E essa é a parte que deixa a gente mais feliz", comentou.

Tereza Júlio é do município de Cabedelo. Trabalha com escamas e diz que as expectativas são as melhores possíveis. "O espaço é sensacional, amplo, bem localizado. Não tenho dúvida de que será um sucesso para todos nós", disse.

 Apresentações artísticas - O show de abertura do Salão do Artesanato será feito pela cantora Sandra Belê. “Essa parte musical também contará - nas mais de três semanas de Salão - com nomes como Nathalia Bellar, Filosofino, Tambores do Forte e Vó Mera”, falou Bia Cagliani, presidenta da Funesc, enfatizando que as atrações não serão apenas na área musical, mas também na cultura popular, contação de histórias e cordel.

Ela também destacou a importância para a cena cultural paraibana, pois as apresentações acontecerão em um evento com centenas de expositores e que deve atrair mais de 100 mil visitantes de várias partes do Brasil e até do exterior (uma vez que esse é um período de alta estação para o turismo paraibano). “Muito nos honra poder colaborar com um evento dessa magnitude, explicitando também através das apresentações artísticas a força de nossa cena cultural”, disse ela.

 Segurança – Outra novidade desse ano é que a segurança do Salão de Artesanato da Paraíba será reforçada com a instalação de câmeras de monitoramento da Segurança Pública dentro do evento. Os equipamentos irão gerar imagens da movimentação interna do Salão para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que também controla as câmeras instaladas  em toda região metropolitana de João Pessoa.

Equipamentos com capacidade de reconhecimento facial também serão instalados na entrada do evento. Com a tecnologia, é possível prevenir ocorrências e identificar envolvidos em qualquer situação que demande a ação direta dos órgãos operativos de segurança - Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar.

Os homenageados – O artesanato quilombola é uma expressão da cultura, da ancestralidade e da identidade dessas comunidades, símbolo de resistência e de valor humanitário inestimável. Autênticas obras de arte, toda a produção artesanal é feita de materiais naturais, tradicionais e afetivos, refletindo as crenças e os valores dos quilombolas.

Entre as principais tipologias existentes nas comunidades quilombolas, estão a cerâmica, feita há séculos, com barro, água e fogo e utilizada no cotidiano da comunidade; o trançado, feito com fibras naturais, como palha, cipó e madeira, resultando em uma variedade de objetos, como cestos, chapéus, bolsas e tapetes; a tecelagem, com a confecção de tecidos com algodão, linho e seda; e a pintura, retratando principalmente o cotidiano e o respeito que os quilombolas têm pela natureza. 

O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão, em 1888. No entanto, a existência de quilombos como espaço de desenvolvimento e resistência era registrada desde 1580, com o surgimento do Quilombo dos Palmares, um dos mais conhecidos da história. Aqui na Paraíba, são 46 comunidades quilombolas com certificação, espalhadas por 25 municípios, entre os quais Santa Luzia, no Sertão paraibano, e Serra Branca, no Cariri.

 37° Salão do Artesanato Paraibano 

 Período: 12 de janeiro a 4 de fevereiro 

 Horário: 15h às 22h (todos os dias da semana)

 Entrada: gratuita (mas organização pede que seja levado 1 kg de alimento não perecível)

 Endereço: Almirante Tamandaré, 229 (Tambaú)