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Governo celebra Dia da Consciência Negra no ponto de cem réis
O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh) e a Secretaria Executiva de Economia Solidária (Sesol) celebrou mais um dia da Consciência Negra com o Ato de Resistência à Intolerância Racial, no Ponto de Cem Réis, no centro de João Pessoa.
O dia 20 de novembro é um dia simbólico dedicado à sensibilização, politização e combate ao racismo e a exclusão ainda sofrida pelo negro na sociedade brasileira. O evento buscou dar visibilidade, no sentido de fortalecer a população e o enfrentamento ao racismo.
A feira de serviços e apresentações culturais tiveram parceria de outras secretarias estaduais como a Secretaria de Saúde e a Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana; Defensoria Pública; representantes de movimentos sociais e do Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, conhecido por realizar a apresentação do espetáculo Auto dos Orixás.
O evento deste ano trouxe o artesanato dos empreendimentos da economia solidária; serviços de saúde, como aferição de pressão arterial e vacinação; distribuição de materiais educativos, sobre a saúde da população negra; além de serviços gratuitos como corte de cabelo, realizado pela equipe dos Centros Sociais Urbanos. Paralelo a esses serviços, apresentações culturais e falas de intervenção e reflexão sobre o enfrentamento ao racimo, movimentaram o espaço.
A secretária Executiva de Economia Solidária, Roseana Meira, destacou a importância da luta. “Hoje é um dia em que nos juntamos para fazer esta celebração contra a intolerância, mas a luta precisa ser travada todos os dias, onde ela se apresenta. É nos momentos das relações no trabalho, no lazer e em diversos espaços de atuação que a população precisa estar sempre atenta para denunciar. O racismo é crime”, enfatizou.
O Grupo OloduMatão, fundado em 2015, no quilombo de Matão, no município de Gurinhém trouxe dança para o evento. O grupo tem o objetivo de proporcionar uma aproximação dos integrantes com o Afoxé e do Samba Reggae. Gêneros de música e dança característicos de alguns lugares, mas praticamente desconhecidos dos artistas das comunidades quilombolas da Paraíba.
Já o grupo de dança e percussão Raízes, do Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, criado para realizar os acolhimentos temáticos, realizou performances cheias de simbologia e história. A apresentação falou dos orixás a partir dos povos originários do Brasil: indígenas, negros e ciganos.
Elioenai Gomes, destacou as homenagens realizadas este ano. “Homenageamos pessoas que trabalham com a cultura Afro e com a cultura no geral, como Albaniza Santos, que trabalha a dança com as pessoas da melhor idade; Pedro Cândico, conhecido pelo trabalho com o folclore há mais de 30 anos; Ednamay Cirilo, que fomenta a cultura principalmente no Centro Histórico e é uma das percussoras dos blocos de Rua; Jocerlan Silva, ator e educador, diretor de uma escola de um quilombo na região da cidade de Conde; e Juvanete Carvalho, bailarina e coreografa e coordenadora escolar”, detalhou.