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Dengue lidera casos de arboviroses, mas apresenta redução na Paraíba
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou nesta sexta-feira (09) o oitavo Boletim Epidemiológico das Arboviroses na Paraíba. O relatório referente à 40ª Semana Epidemiológica aponta que a dengue lidera os registros com 5.906 casos prováveis, seguido pela Chikungunya com 1.580 notificações e Zika com 300.
De acordo com o boletim, as regiões de saúde com maior incidência de arboviroses são a 13ª, 4ª e 15ª, localizadas no Sertão, Borborema e Agreste, respectivamente. O documento também aponta uma redução de variação significativa para os casos prováveis de dengue quando comparados ao mesmo período do ano de 2019. Essa redução também acontece com o vírus da Zika, porém menos significativa. Já os casos prováveis de Chikungunya mostram um aumento de 19%.
A técnica da SES responsável pelas Arboviroses, Carla Jaciara, explica que a queda do número de notificações reflete o receio da população em procurar o serviço devido à pandemia do novo coronavírus. E faz um apelo para que as pessoas, ao sentir os sintomas, recorram a uma unidade de saúde para que os casos sejam identificados e para que os profissionais de saúde façam a notificação em tempo oportuno. “A sintomatologia se parece muito com a da Covid-19. Então, é de fundamental importância essa ida ao serviço, em especial para identificar os casos de dengue para realizar o isolamento viral, já que os sorotipos denv-1 e denv-2 estão circulando na Paraíba”, afirma.
Sobre os óbitos, o boletim apresenta 21 registros suspeitos, sendo três casos como confirmados para dengue nos municípios de Sapé, Santa Rita e Aroeiras, e três para Chikungunya, sendo dois em João Pessoa e um em Riachão do Bacamarte. Já para o vírus da Zika, dois óbitos foram confirmados, sendo um em Aroeiras e o outro em Riachão do Bacamarte. Dez casos foram descartados e cinco seguem em investigação. No ano de 2019, no mesmo período, foram confirmados 13 casos de óbitos, destes 09 foram por dengue, 03 Zika e 01 Chikungunya.
A técnica reforça que não existe vacina contra as arboviroses e que a única maneira de prevenção da população é manter os cuidados diários dentro de casa. “É importante as famílias não esquecerem que o dever de casa no combate ao mosquito é permanente. Pelo menos uma vez por semana deve ser feita uma faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas no quintal. Lembrar de lavar bem a caixa d'água e depois vedar. Não deixar água acumulada em pneus, calhas e vasos, adicionar cloro à água da piscina. Essas são algumas medidas que podem fazer toda a diferença para impedir o registro de mais casos de arboviroses, além de receber em domicílio o técnico de saúde devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como vigilância”, pontua.
Apesar do cenário atual do Covid-19, as Atividades de Controle das Arboviroses continuam ativas, tais como: sensibilizar a população para eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, contribuindo para o controle das arboviroses Dengue, Zika e Chikungunya; manter ativa a vigilância para notificação dos casos suspeitos; realizar coleta de material para confirmação laboratorial de casos suspeitos e para o isolamento viral, com intuito de identificar o sorotipo de dengue circulante.