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Capacitação sobre manejo clínico de arboviroses reúne profissionais de saúde em Patos

publicado: 07/06/2018 00h00, última modificação: 13/05/2019 09h04
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O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, promoveu capacitação sobre manejo clínico das arboviroses: Dengue, Chikungunya e Zika Vírus na cidade de Patos. O evento ocorreu na quarta-feira (6), no auditório da UEPB, realizado pela Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, com apoio da 6ª Gerência e da UEPB. Mais de 120 profissionais de saúde, gerentes regionais, coordenadores de epidemiologia, vigilância ambiental, dos 48 municípios que compõem a 3ª Macrorregional participaram da qualificação.

Diagnóstico, tratamento, condução, investigação, exames laboratoriais de casos, para confirmação das doenças, situação epidemiológica em todo o estado, casos graves, óbitos, índices de infestação predial pelo Aedes aegypti e situação de cada município, de acordo com o mais recente LIRA, foram alguns dos temas trabalhados.

A gerente operacional da Vigilância Epidemiológica da SES, Maria Isabel, falou da preocupação do Estado com os índices de infestação pelo mosquito Aedes registrados na região de Patos, onde o 2º LIRA, o levantamento amostral, aponta números bastante elevados. Na cidade, foram encontradas larvas do mosquito em 20% dos imóveis inspecionados, quando o Ministério da Saúde classifica como satisfatório apenas até 1% de infestação predial.

Ela ressalta a importância da qualificação que vem ocorrendo em toda a Paraíba para investigação laboratorial, condução, assistência ideal nos casos de dengue, chikungunya e zika pelos profissionais de saúde, sejam das UPAS, hospitais ou unidades básicas de saúde. “É necessário que os coordenadores de epidemiologia aqui presentes possam fazer um trabalho em seus municípios, não apenas de epidemiologia, mas também junto à Vigilância Ambiental”, afirmou.

Este ano já houve mais de 5 mil notificações de dengue, 540 de chikungunya e 180 de zika, isso de 1º de janeiro a 4 de junho na Paraíba. Isabel acredita que há uma grande subnotificação, ou seja, os profissionais notificam abaixo do esperado os casos suspeitos, e que precisam de investigação. Em relação a óbitos, já houve a confirmação de dois, um por dengue e outro por chikungunya em Campina Grande; outro óbito em Pedras de Fogo pela chikungunya, em Juazeirinho um por dengue e há outros sendo analisados de vários municípios como: João Pessoa, Coremas, Aparecida. São necessários 60 dias para que os resultados dos exames sejam apresentados.

“Para o combate do vetor [Aedes] é necessário o trabalho da gestão nas três esferas, e mais importante ainda, o envolvimento da população, já que a maioria dos focos estão dentro das residências, sendo preciso que as pessoas vigiem, façam o monitoramento, para que não haja a proliferação do mosquito”, comenta Isabel, acrescentando que lixo jogado em terrenos baldios propicia a reprodução do Aedes.