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Artista Marlene Almeida é destaque do terceiro programa Narrativas em Artes Visuais da Funesc
A Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) exibe, neste sábado (10), às 19h, a terceira edição do projeto Narrativas em Artes Visuais, com destaque para a história, pesquisas e obras da artista Marlene Costa de Almeida. A exibição acontece no canal TV Funesc (youtube.com/funescpbgov) e integra mais um programa criado para as plataformas virtuais, que possibilita ao público o acesso ao importante acervo de obras de arte da Fundação.
O programa, idealizado e dirigido pela Gerência de Artes Visuais e Chefia do Núcleo Galeria de Arte Archidy Picado, apresenta vídeos com narrativas sobre origem, trajetória, vida, obra e conceito de diversos artistas visuais, a partir do patrimônio de obras de arte da Funesc.
O acervo representa um recorte das artes visuais da Paraíba ao longo de mais de três décadas e os textos que acompanham a exibição das imagens durante o programa foram pensados a partir de uma visão de curadoria, na qual se buscar entender a obra e o seu contexto.
Assim, será possível ao público conhecer os caminhos que o artista fez durante seu processo de criação, o meio no qual estava inserido, quais influências tinha naquele período, aspectos de sua vida, ambiente onde residia, que mudanças sua trajetória de vida percorreu, entre outros dados. “Tudo isso favorece para que os interessados entendam que uma obra de arte está muito associada a diversos outros elementos, que não são apenas a obra em si, pois toda obra de arte carrega um pouco da história e das vivências do artista”, explica Edilson Parra, gerente operacional de Artes Visuais da Funesc.
Programa #3 – Marlene Almeida
Marlene nasceu em Bananeiras (PB), em 1942. É graduada em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e foi no Campus que passou a frequentar cursos de pintura, desenho e escultura, passos iniciais que engrenaram suas atividades como pintora e restauradora, o que a tornou bastante conhecida.
Com o tempo, passou a desenvolver pesquisas sobre a manufatura de tintas a partir de pigmentos e resinas naturais. Em paralelo à produção artística, presidiu a Associação dos Artistas Plásticos Profissionais da Paraíba, entre 1981 e 1983. Ministrou diversos cursos sobre pigmentos e resinas naturais, no Festival Nacional das Mulheres nas Artes de São Paulo, no Festival de Verão de Petrópolis, no MAM/RJ e na cidade de Recife, entre 1982 e 1984.
Os elementos da Natureza sempre estiveram presentes nos estudos e trabalhos de Marlene Almeida, desde as matérias primas utilizadas até os títulos de suas exposições: ´A Cor da Terra´, ´Terra da Terra´ e ´Fruto da Terra´. O Arco-Íris da Terra é o caleidoscópio dos pigmentos e resinas naturais, nunca aprisionados nas telas, mas sim emprestados da mãe-terra, já que ela própria se define como ‘uma guardiã das raízes culturais do seu povo’.
Marlene pinta os frutos comestíveis da Paraíba, que na sofreguidão da era pró-álcool cederam lugar à monocultura da cana-de-açúcar. Buscando sempre combater a homogeneização da paisagem, usa pigmentos da terra e resinas vegetais, como uma barreira artística e ideológica.
Seu caráter de pesquisadora e de divulgadora das riquezas naturais permitiu que muitos outros usufruíssem de seu trabalho e adquirissem conhecimento, um constante exercício de repartir criatividade e pigmentos de terra em metros quadrados de tela, além de um excelente exemplo de dedicação à arte, ao meio ambiente e à defesa da preservação ecológica.
Serviço:
Narrativas em Artes Visuais
Apresenta: Vida e obra de Marlene Almeida
Sábado, 10/10, às 19h
TV Funesc (http://www.youtube.com/funescpbgov)