Notícias

FUNDAC CERTIFICA CINCO SOCIOEDUCANDOS NA ÁREA DE PANIFICAÇÃO PARA MERCADO DE TRABALHO

publicado: 22/12/2021 15h40, última modificação: 28/12/2021 16h16
1 | 8
2 | 8
3 | 8
4 | 8
5 | 8
6 | 8
7 | 8
8 | 8
269760979_4153964111372291_1058395212874523091_n.jpg
269783156_4153964551372247_6399616364111740031_n.jpg
269768178_4153964208038948_82505144655386048_n.jpg
269750612_4153964354705600_4707580805320717582_n.jpg
269757288_4153964394705596_7393217562922939640_n.jpg
269747197_4153964484705587_5507159005351638566_n.jpg
269752061_4153963948038974_2794055021895872886_n.jpg
269769019_4153963958038973_1164832219610143154_n.jpg

A Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente ‘Alice de Almeida’ (Fundac), por meio da Diretoria Técnica (Profissionalização, Trabalho e Previdência), certificou cinco socioeducandos para o mercado de trabalho. Foram quatro da unidade Semiliberdade e um do pós-medida. Eles estão qualificados para trabalhar no ramo da panificação. O curso teve carga horaria de 160 horas (seis meses), com início em junho e conclusão no último dia 17.

L.L, de 18 anos, agradeceu a oportunidade de aprender este ofício e à Fundac por ter acreditado na sua capacidade. “Hoje me sinto capaz de trabalhar em uma padaria”, disse confiante. Para ele, seu maior desafio na arte de pães e derivados do trigo foi fazer pão francês e panetone. I. S., também de 18 anos, disse se sentir capaz de entrar no mercado de trabalho. “Meu desafio foi encontrar o ponto certo no fazer dos pães francês, doce e de festa”, declarou, ressaltando que está seguro no aprendizado com a massa e quer fazer muito mais.

A gerente da Padaria Escola Nosso Pão, Magna Guimarães, disse que esse foi um momento ímpar na vida desses jovens. “Um momento em que estão no regime de semiliberdade e tendo a oportunidade de se profissionalizarem para o mercado de trabalho. Eles fizeram um curso de seis meses aqui na padaria, estão saindo totalmente profissionais não só em panificação bem como na criação de biscoitos finos, bolachas e bolo, então vai servir bastante porque o mercado de trabalho da panificação é muito amplo”, pontuou.

Para a gerente, hoje há uma escassez muito grande na profissão de padeiro e pasteleiro. “Corriqueiramente recebemos visitas de donos de panificadoras solicitando adolescentes qualificados para trabalhar”, disse Magna, adiantando que assim que chegar um panificador, com certeza, eles passarão por uma triagem que irá encaminha-los ao mercado de trabalho. Ela informou que já há adolescentes trabalhando em panificadoras, em pontos comerciais de cachorro quente, como atendentes de balcão, etc. “Então, é um curso que realmente conseguimos profissionalizar”, disse.

A Padaria Escola Nosso Pão contabiliza na sua história com a formação de muitos profissionais. “Temos muitos exemplos dos que passaram por aqui, conseguiram se profissionalizar e já são professores nesse ramo”, afirma Magna ressaltando que muitos também fizeram o curso pelo Senai, se qualificaram e hoje dão aula. Ela contou que os adolescentes da Semiliberdade chegam à padaria escola muito curiosos. “É feito todo um trabalho tanto com a pedagoga como pela assistente social, sem falar que já veem preparados pela equipe técnica unidade da Semiliberdade. Eu afirmo que é muito prazeroso ver o resultado”.

A coordenadora do Eixo Profissionalização, Trabalho e Previdência, Andrea Cavalcanti, informou que os socioeducandos têm a oportunidade de se capacitarem, desenvolvendo competências, habilidades individuais e profissionais em panificação, incentivando assim o resgate de valores, estimulando o empreendedorismo e a permanência na escolarização. “Oportunizar e qualificar esses jovem é um ponto de partida na vida de cada um deles e através desse primeiro passo muitos poderão realizar seu desejo de ter um trabalho formal com acesso a uma renda, após cumprirem suas obrigações” destacou.

O diretor da Semiliberdade, Davi Lira, considera muito importante esse curso profissionalizante “por que na medida de semiliberdade a gente trabalha o adolescente para o meio externo, uma vez que a medida é mais flexível e que ele vai poder estar se utilizando dos serviços que estão dispostos e precisa estar preparado”, disse. Davi destacou que “muitas vezes, recebemos na unidade para cumprimento da medida os adolescentes sem os documentos básicos. Então, quando a gente consegue a aquisição desses documentos e já insere nesses cursos profissionalizantes, estamos capacitando um adolescente para que quando retorne à sociedade, possa competir por igual com qualquer pessoa para conseguir um trabalho e não ter os mesmos obstáculos de quando ele veio para o cumprimento da medida”.

Para Davi, é importante reconhecer o investimento feito na padaria pelo governador João Azevêdo, que restaurou os equipamentos e o prédio. “Essa visão conjunta entre a Secretaria de Desenvolvimento Humano (Tibério Limeira) e a Fundac foi fundamental. “Muito importante por que trazemos oportunidades para jovens que se qualificam e tem seus certificados reconhecidos, agregando valor aos seus currículos. Um grande avanço para nós que fazemos parte da Fundação”, declarou.

Parceria – A Padaria Escola Nosso Pão também certificou, através desse curso profissionalizante, mais três jovens egressos da ONG Braços Abertos, através de um trabalho da Igreja Batista, a Batista Abrace Paraíba. Representantes da ONG agradeceram a Escola Padaria Nosso Pão dizendo que “não importa o que esses jovens passaram, mas o que vão fazer a partir de agora”. Ela afirmou que os três jovens que concluíram o curso já estão com carteira de trabalho assinada.

Prestigiaram também a solenidade de certificação, a diretora técnica da Fundac, Debora Raquel (representando a presidente Waleska Ramalho), o vice-diretor da Semiliberdade Marcondes José da Silva e a equipe técnica da unidade (Mara Fonseca-Assistente Social, Mikaella Barreto-Psicóloga, e a técnica Adriana Guedes). Também compareceram Elma Sousa (coordenadora do Serviço Pós-Medida) Rayssa Katrinny (Pedagoga do Pós-Medida), Kellen Lachitti (Assistente Social do Pós-Medida), Renata Brito (Psicóloga do Pós Medida), e Sheila Milene (coordenadora do eixo Saúde Mental), além de familiares dos socioeducandos, agentes socioeducativos, professores, servidores e a assistente social da Padaria Escola Nosso Pão.